Contents
- 0.1 Qual é a causa da DPOC?
- 0.2 O que é DPOC na saúde?
- 0.3 O que uma pessoa com DPOC não pode fazer?
- 0.4 Quando a DPOC é grave?
- 0.5 Como fica o pulmão de quem tem DPOC?
- 0.6 Qual a expectativa de vida de uma pessoa com DPOC?
- 0.7 Qual a forma mais grave de DPOC?
- 0.8 Dra. Luiza Helena Degani Costa – DPOC
- 1 Qual a doença mais grave do pulmão?
- 2 Qual o medicamento mais moderno para DPOC?
- 2.1 É possível viver bem com DPOC?
- 2.2 Quem tem DPOC emagrece?
- 2.3 Quem tem DPOC pode fazer caminhada?
- 2.4 Qual melhor exercício para quem tem DPOC?
- 2.5 O que é bom comer para fortalecer o pulmão?
- 2.6 Como é a tosse do DPOC?
- 2.7 Quais os sinais e sintomas de exacerbação na DPOC Brainly?
- 2.8 Quais os sinais e sintomas do enfisema pulmonar?
- 2.9 Como diagnosticar a DPOC?
- 3 Como começa DPOC?
Quais os sinais e sintomas da DPOC?
21/11 – Dia Mundial da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica – DPOC | Biblioteca Virtual em Saúde MS É uma doença pulmonar que obstrui as vias aéreas, tornando a respiração difícil. Os principais sintomas da DPOC são: falta de ar aos esforços, que pode progredir até para atividades corriqueiras como trocar de roupas ou tomar banho; pigarro, tosse crônica, tosse com secreção e que piora pela manhã são sintomas comuns.
- O tabagismo é o principal fator de risco para DPOC e sua origem é fortemente ligada ao efeito da fumaça de cigarro nos pulmões, havendo relação da quantidade e do tempo de tabagismo com a gravidade da doença.
- Normalmente seu início é lento, mas pode evoluir de modo mais rápido levando a incapacidade por insuficiência respiratória e óbito.
Outros tipos de fumo como o cachimbo, narguilé, maconha e a exposição passiva também contribuem para causar e piorar a doença. A poluição ambiental, a queima de biomassa como as queimadas de lavouras e uso de lenha para cozinhar, como o fogão a lenha, entram também neste grupo.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde, 210 milhões de pessoas no mundo tem DPOC e a estimativa é de que a doença se torne a terceira principal causa de morte por volta do ano de 2020. Fontes:
: 21/11 – Dia Mundial da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica – DPOC | Biblioteca Virtual em Saúde MS
Qual é a causa da DPOC?
A principal causa da DPOC é a fumaça do cigarro, que também pode afetar o fumante passivo, ou seja, aquele que convive com quem efetivamente fuma. De qualquer modo, são necessários muitos anos de tabagismo para a instalação da doença.
O que é DPOC na saúde?
O Dia Mundial da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) é organizado pela Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease (GOLD) em colaboração com profissionais de saúde e grupos de pacientes com DPOC em todo o mundo. Seu objetivo é aumentar a conscientização, compartilhar conhecimentos e discutir maneiras de reduzir a carga da doença em todo o mundo.
A primeira campanha foi realizada em 2002 e a cada ano mais de 50 países realizam atividades, tornando o dia um dos eventos de conscientização e educação mais importantes do mundo sobre a doença. “Pulmões Saudáveis – Mais Importante do que Nunca” é o tema da campanha de 2021. O objetivo deste ano é destacar que o fardo da DPOC permanece e apesar da atual pandemia global de COVID, continua sendo uma das principais causas de morte em todo o mundo, portanto, não há momento mais importante para se concentrar na saúde pulmonar! Cerca de 300 milhões de pessoas têm DPOC atualmente.
A doença ainda é a 3ª causa de morte globalmente e muito prevalente, sobretudo em países de baixa e média renda. A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) constitui um grupo de doenças respiratórias que inclui a bronquite crônica (estreitamento das vias aéreas e paralisação da atividade dos cílios) e o enfisema (danos irreversíveis nos alvéolos), intimamente relacionadas ao tabagismo.
- O cigarro é responsável pela imensa maioria dos casos.
- A constante exposição a elementos irritantes, como poeira, poluentes do ar e vapores químicos, também pode contribuir para o aparecimento da doença.
- A DPOC é uma doença insidiosa de instalação lenta.
- Geralmente, o primeiro sintoma é uma discreta falta de ar (dispneia) associada a esforços como subir escadas, andar depressa ou praticar atividades esportivas.
Com o passar do tempo, a falta de ar vai se tornando mais intensa e aparece por esforços cada vez menores. Nas fases mais avançadas, a falta de ar se manifesta mesmo com o doente em repouso e se agrava muito diante das atividades mais corriqueiras. Tosse produtiva e encurtamento da respiração são sintomas que também podem estar presentes nos quadros de doenças pulmonares obstrutivas.
- Parar de fumar é a única forma de impedir o declínio progressivo da função respiratória.
- Chicletes, adesivos de nicotina e drogas antidepressivas associados a terapias comportamentais são de grande utilidade para o tratamento da dependência de nicotina nos portadores de DPOC.
- Diversos estudos demonstraram que, nos casos mais graves, o único tratamento médico capaz de aumentar a sobrevida das pessoas com a doença é a oxigenioterapia.
Técnicas fisioterápicas de reabilitação respiratória aumentam a resistência aos esforços e melhoram a qualidade de vida, mas, aparentemente, não prolongam a sobrevida. Recomendações : – Evite fumar. Dependendo de quanto os pulmões estejam afetados, parar de fumar pode reduzir ou mesmo eliminar os sintomas da bronquite crônica e impedir a progressão do enfisema, embora não reverta o processo já instalado.
- Os danos aos alvéolos são permanentes, por isso os sintomas do enfisema não desaparecem; – Não se auto engane.
- Se você é fumante, considere que a dependência de nicotina pode levá-lo a tornar-se dependente dos outros para as tarefas mais insignificantes e corriqueiras; – Fique atento: todos os pacientes de DPOC devem receber anualmente a vacina contra a gripe e a contra o pneumococo, para evitar que a concomitância de processos infecciosos agrave o quadro respiratório; – Saiba que o aumento progressivo da longevidade ocorrido na segunda metade do século XX e o enorme contingente de fumantes colocaram a DPOC entre as cinco enfermidades mais prevalentes nos países industrializados e em certas regiões do Brasil.
Saiba mais sobre a DPOC com o vídeo educativo da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia! Acesse as principais mudanças no manejo da DPOC no Relatório da Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease (GOPD COPD) Fontes : Dr. Dráuzio Varella Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease (GOLD) Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia
Quem tem DPOC sente dores?
A doença pulmonar obstrutiva crônica é o estreitamento (bloqueio ou obstrução) persistente das vias aéreas, que ocorre com enfisema, bronquite obstrutiva crônica ou ambos os distúrbios.
O tabagismo é a causa mais importante da doença pulmonar obstrutiva crônica. As pessoas desenvolvem tosse e, então, começam a sentir falta de ar. O diagnóstico é feito com radiografia do tórax e testes de função pulmonar. Parar de fumar e tomar medicamentos que ajudam a manter as vias aéreas abertas é importante. As pessoas que têm doenças graves podem precisar tomar outros medicamentos, usar oxigênio, fazer reabilitação pulmonar ou, raramente, cirurgia para redução do volume pulmonar.
Nos Estados Unidos, cerca de 16 milhões de pessoas têm doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). Ela é a causa mais comum de morte, respondendo por mais de 150.000 mortes a cada ano. Globalmente, o número de pessoas com DPOC está aumentando. Os fatores que contribuem para a DPOC incluem o aumento do tabagismo em muitos países e, em todo o mundo, a exposição a toxinas presentes em combustíveis de biomassa, como madeira e gramíneas.
- As taxas de mortalidade podem estar aumentando em países com assistência médica deficiente.
- Em 2030, prevê-se que a DPOC se torne a terceira maior causa de morte no mundo.
- A DPOC leva a uma diminuição persistente da taxa de fluxo de ar dos pulmões quando a pessoa expira (exala), um quadro clínico conhecido como obstrução crônica do fluxo aéreo.
A DPOC inclui o diagnóstico de bronquite obstrutiva crônica e enfisema. Muitas pessoas têm ambos os distúrbios.
A bronquite crônica é definida como tosse que produz catarro por pelo menos três meses, durante dois anos consecutivos. Quando a bronquite crônica envolve obstrução do fluxo aéreo, ela se qualifica como bronquite obstrutiva crônica. Enfisema é definido como a destruição generalizada e irreversível das paredes alveolares (as células que suportam os sacos de ar, ou alvéolos, que compõem os pulmões) e alargamento de muitos dos alvéolos.
As vias aéreas de pequenas dimensões (bronquíolos) dos pulmões contêm músculos lisos e normalmente são mantidas abertas por sua ligação às paredes alveolares. No enfisema, a destruição das ligações da parede alveolar resulta em colapso dos bronquíolos quando a pessoa expira, causando obstrução do fluxo de ar permanente e irreversível.
Na bronquite crônica, as glândulas que revestem as vias aéreas de grandes dimensões (brônquios) dos pulmões se expandem e aumentam sua secreção de muco. Desenvolve-se inflamação dos bronquíolos, que faz com que os músculos lisos no tecido pulmonar sofram contrações (espasmos), obstruindo ainda mais o fluxo de ar.
A inflamação também causa inchaço das passagens das vias aéreas e secreções nas mesmas, limitando ainda mais o fluxo de ar. Subsequentemente, as vias aéreas de pequenas dimensões nos pulmões tornam-se estreitadas e destruídas. A asma Asma A asma é um quadro clínico em que as vias aéreas se estreitam, geralmente de forma reversível, em resposta a certos estímulos. também é caracterizada por obstrução ao fluxo aéreo. No entanto, ao contrário da obstrução ao fluxo aéreo na DPOC, a obstrução ao fluxo aéreo na asma é completamente reversível na maioria das pessoas, seja espontaneamente ou com tratamento. A pandemia da COVID-19 representou um risco específico para pessoas com DPOC.
Ter DPOC aumentou o risco de uma pessoa ser hospitalizada ou morrer de COVID-19. No entanto, em geral, pessoas com DPOC foram hospitalizadas com menor frequência durante a pandemia da COVID-19 do que antes. Acredita-se que o aumento das precauções contra infecções respiratórias (por exemplo, máscaras e distanciamento social) seja o motivo pelo qual as pessoas com DPOC foram menos hospitalizadas.
Além disso, pessoas com sintomas, como uma exacerbação aguda da DPOC, podem ter evitado o pronto-socorro local por medo de contrair COVID-19. A principal causa da DPOC é Apenas cerca de 15% dos fumantes desenvolvem DPOC. Com o envelhecimento, fumantes de cigarro suscetíveis perdem a função pulmonar mais rapidamente do que os não fumantes.
- A função pulmonar melhora apenas um pouco se as pessoas param de fumar.
- No entanto, a taxa de declínio da função pulmonar retorna ao de não fumantes quando as pessoas param de fumar, retardando, assim, o desenvolvimento e a progressão dos sintomas.
- Fumantes de cachimbo e charuto desenvolvem DPOC com mais frequência do que não fumantes, mas não tão frequentemente quanto fumantes de cigarros.
Não está claro se fumar maconha contribui para a DPOC. A DPOC tende a ocorrer com mais frequência em algumas famílias, portanto, pode haver uma tendência hereditária em algumas pessoas. A DPOC leva anos para se desenvolver e progredir. Em pessoas com DPOC, uma leve tosse com expectoração de catarro transparente se desenvolve quando a pessoa chega aos 40 ou 50 anos.
- A tosse e a expectoração de catarro são geralmente piores logo quando a pessoa levanta da cama pela manhã.
- A tosse e a expectoração de catarro podem persistir durante todo o dia.
- No momento em que as pessoas com DPOC chegam na faixa dos 60 anos, especialmente se continuarem fumando, a falta de ar durante o esforço se torna mais problemática.
Cerca de um terço das pessoas com DPOC grave apresentam perda de peso grave. A causa da perda de peso não é clara e pode variar em diferentes pessoas. As possíveis causas incluem falta de ar, que faz com que comer seja difícil e aumenta os níveis sanguíneos de uma substância denominada fator de necrose tumoral.
Cefaleia matinal pode ocorrer porque a respiração diminui durante o sono, o que causa aumento da retenção de dióxido de carbono e diminuição dos níveis de oxigênio no sangue. Conforme a DPOC progride, algumas pessoas, especialmente aquelas que têm enfisema, desenvolvem padrões respiratórios anormais.
Algumas pessoas respiram através de lábios franzidos. Outras acham que é mais confortável ficar diante de uma mesa com seus braços estendidos e apoiar seu peso nas palmas das mãos ou cotovelos, uma manobra que melhora a função de alguns músculos respiratórios.
- Uma crise (ou exacerbação) de DPOC é um agravamento de sintomas, geralmente tosse, aumento da produção de catarro e falta de ar.
- A cor do catarro muitas vezes muda para amarelo ou verde; às vezes, ocorrem febre e dores no corpo.
- A falta de ar pode estar presente quando a pessoa está em repouso e pode ser grave o suficiente para exigir a hospitalização.
Poluição intensa do ar, alérgenos comuns e infecções virais ou bacterianas podem causar crises. As pessoas com DPOC também têm risco aumentado de desenvolver anormalidades no ritmo cardíaco Considerações gerais sobre arritmias cardíacas Arritmias cardíacas são sequências de batimentos cardíacos irregulares, muito rápidos ou muito lentos, ou que percorrem o coração por vias anormais de condução elétrica. (arritmias). As pessoas com DPOC que fumam têm um risco maior de desenvolver câncer de pulmão Câncer de pulmão O câncer de pulmão é a principal causa de morte por câncer, tanto em homens como em mulheres. Cerca de 85% dos casos estão relacionados ao tabagismo. Um sintoma comum é a tosse persistente ou. leia mais do que as pessoas que não têm DPOC, mas fumam a mesma quantidade. As pessoas com DPOC parecem ter um risco aumentado de desenvolver osteoporose Osteoporose A osteoporose é um quadro clínico em que uma redução da densidade dos ossos enfraquece os ossos, tornando-os suscetíveis a quebra (fraturas). O envelhecimento, a deficiência de estrogênio, o. leia mais, depressão Depressão Uma breve discussão sobre o transtorno do luto persistente. A depressão é um sentimento de tristeza e/ou diminuição do interesse ou prazer em realizar atividades que se torna um transtorno quando. leia mais, doença arterial coronariana Considerações gerais sobre a doença arterial coronariana (DAC) A doença arterial coronariana é um quadro clínico no qual o suprimento de sangue para o músculo cardíaco é bloqueado parcial ou completamente., desgaste muscular (atrofia) e refluxo gastroesofágico Doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) Na doença do refluxo gastroesofágico o conteúdo estomacal, incluindo ácido e bile, retorna do estômago para o esôfago, o que provoca inflamação no esôfago e dores na parte inferior do tórax. leia mais, No entanto, não é claro se o risco é aumentado por causa da DPOC ou outros fatores.
Radiografias do tórax Testes de função pulmonar
Os médicos diagnosticam bronquite crônica com base no histórico da pessoa de tosse produtiva prolongada por pelo menos três meses, durante dois anos consecutivos, após a exclusão de outras causas de tosse crônica. O enfisema é diagnosticado com base em resultados observados durante um exame físico e nos resultados dos testes de função pulmonar.
- No entanto, no momento em que o médico perceber essas anormalidades, o enfisema está moderadamente grave.
- Os achados da radiografia ou tomografia computadorizada (TC) do tórax também podem ajudar no diagnóstico de enfisema e bronquite crônica algumas vezes.
- Não é importante que os médicos diferenciem entre bronquite crônica e enfisema e, frequentemente, a bronquite crônica e o enfisema ocorrem juntos na mesma pessoa.
O fator mais importante de como a pessoa se sente e atua é a gravidade da obstrução do fluxo de ar. Na DPOC leve, os médicos podem não encontrar nada anormal durante o exame físico. Conforme a doença progride, os médicos podem ouvir sibilos ou notar uma diminuição nos sons normais da respiração (diminuição dos sons respiratórios) quando escutam os pulmões com um estetoscópio.
- Os médicos podem notar que leva muito tempo para que a pessoa expire o ar que foi inspirado (expiração prolongada).
- O movimento do tórax durante a respiração diminui e a pessoa pode usar os músculos do pescoço e ombros para respirar.
- Na DPOC leve, a radiografia torácica geralmente é normal.
- Conforme a DPOC se agrava, a radiografia torácica indica que os pulmões contêm excesso de ar (superinflação dos pulmões).
A superinflação, o afinamento dos vasos sanguíneos ou a presença de cistos nos pulmões (chamados vesículas) sugerem a presença de enfisema. Eles podem fazer outros exames para detectar outras doenças que poderiam estar causando os sintomas da pessoa. Quando as pessoas têm uma exacerbação da DPOC, os médicos frequentemente usam medições dos gases no sangue para determinar a quantidade de oxigênio e dióxido de carbono presente no sangue da pessoa.
Parar de fumar Alívio dos sintomas (por exemplo, com medicamentos) Tratamento de suporte (por exemplo, reabilitação pulmonar, uma dieta nutritiva)
O tratamento mais importante para a DPOC é parar de fumar Cessação do tabagismo Embora frequentemente seja algo muito desafiador, parar de fumar é uma das coisas mais importantes que os fumantes podem fazer a favor de sua saúde. Parar de fumar traz benefícios para a saúde.
- Leia mais,
- Parar de fumar quando a obstrução do fluxo de ar é leve ou moderada, muitas vezes diminui a tosse, reduz a quantidade de catarro e retarda o desenvolvimento de falta de ar.
- Parar de fumar a qualquer momento durante o processo da doença fornece algum benefício.
- Tentar várias estratégias ao mesmo tempo tem mais chances de funcionar.
Entre essas estratégias estão o compromisso com uma data específica para parar de fumar, o uso de técnicas de modificação do comportamento (por exemplo, dificultar a obtenção de cigarros e recompensar-se por se abster por períodos cada vez mais longos), aconselhamento em grupo e sessões de apoio, bem como reposição de nicotina (por exemplo, mascar chiclete de nicotina, usar um adesivo de nicotina na pele ou usar um inalador de nicotina, pastilhas de nicotina ou spray nasal de nicotina).
Os medicamentos vareniclina e bupropiona também podem ajudar a diminuir o desejo de fumar. No entanto, mesmo com os métodos mais eficazes, menos da metade das pessoas que tentam conseguem parar de fumar após um ano. As pessoas também devem tentar evitar a exposição a outras substâncias irritantes no ar, incluindo o fumo passivo e a poluição.
Como a DPOC pode causar perda de peso grave, as pessoas devem manter uma alimentação balanceada e nutritiva. O sibilo e a falta de ar são aliviados quando a obstrução ao fluxo aéreo diminui. Embora a obstrução do fluxo de ar devido a enfisema não seja reversível, os espasmos do músculo liso brônquico, a inflamação e o aumento das secreções são todos potencialmente reversíveis.
Medicamentos anticolinérgicos Medicamentos beta-adrenérgicos
Tanto anticolinérgicos quanto beta-adrenérgicos relaxam os músculos ao redor dos bronquíolos. Os medicamentos anticolinérgicos incluem ipratrópio, umeclidínio, aclidínio, revefenacina e tiotrópio. Ipratrópio é administrado aproximadamente quatro vezes por dia, aclidínio duas vezes por dia e tiotrópio, revefenacina e umeclidínio uma vez por dia.
- Medicamentos beta-adrenérgicos de ação curta, como o albuterol, aliviam mais rapidamente a falta de ar do que os medicamentos anticolinérgicos e, por isso, podem ser mais úteis durante as crises.
- Salmeterol, formoterol, arformoterol, vilanterol, olodaterol e indacaterol são medicamentos beta-adrenérgicos de ação prolongada.
Salmeterol, arformoterol e formoterol são administrados a cada 12 horas. Indacaterol, olodaterol e vilanterol são administrados uma vez por dia. Umeclidínio e vilanterol estão disponíveis como formulação inalatória que combina ambos os medicamentos. Olodaterol também está disponível em combinação com tiotrópio.
- Medicamentos beta-adrenérgicos de longa duração são úteis para alívio prolongado dos sintomas em algumas pessoas, especialmente à noite, mas eles não devem ser usados para alívio rápido dos sintomas.
- Anticolinérgicos e medicamentos beta-adrenérgicos estão disponíveis combinados.
- Glicopirrolato é um medicamento anticolinérgico disponível em combinação com os medicamentos beta-adrenérgicos de ação prolongada, formoterol ou indacaterol.
Muitas pessoas podem usar inaladores de dose controlada de forma mais eficaz quando inalam o medicamento através de um dispositivo de administração chamado de espaçador (consulte Como utilizar um inalador de dose controlada Como utilizar um inalador de dose controlada ). Broncodilatadores inaláveis também podem ser administrados usando-se nebulizadores. Essa modalidade de tratamento deve ser reservada às pessoas que têm doença grave ou para aquelas que não podem usar um inalador de doses controladas corretamente. Um nebulizador cria uma névoa de medicamento e o momento de sua inalação não precisa ser coordenado com a respiração.
- Os nebulizadores são portáteis e algumas unidades podem até mesmo ser conectadas à entrada acessória do carro.
- Os corticosteroides são úteis para muitas pessoas com DPOC de moderada a grave cujos sintomas não podem ser controlados por outros medicamentos ou para aquelas que têm crises frequentes, apesar do uso de outros medicamentos.
Corticosteroides inaláveis não previnem o declínio da função pulmonar ao longo do tempo. No entanto, seu uso diminui os sintomas e a frequência das crises de DPOC. Como o medicamento é disponibilizado nos pulmões, as doses típicas de corticosteroides inaláveis provocam menos efeitos colaterais do que o tratamento com corticosteroides administrados por via oral.
No entanto, doses elevadas de corticosteroides inaláveis podem ter efeitos por todo o corpo, como agravamento de osteoporose Osteoporose A osteoporose é um quadro clínico em que uma redução da densidade dos ossos enfraquece os ossos, tornando-os suscetíveis a quebra (fraturas). O envelhecimento, a deficiência de estrogênio, o.
leia mais, particularmente em pessoas mais idosas. Os corticosteroides administrados por via oral são, em grande parte, restritos ao tratamento das crises de DPOC ou são administrados a pessoas que apresentam crises periódicas ou continuam a ter sintomas devido à obstrução do fluxo de ar e que não estão respondendo a um regime mais simples.
Inibidores de fosfodiesterase 4, como roflumilaste, reduzem a inflamação e dilatam as vias aéreas. Inibidores de fosfodiesterase 4 podem ser usados em conjunto com outros broncodilatadores para reduzir o risco de crises de DPOC. Os efeitos colaterais comuns incluem náusea, cefaleia e perda de peso, mas esses efeitos podem diminuir com o uso contínuo do medicamento.
Tomar o antibiótico azitromicina ou eritromicina por períodos prolongados pode ajudar a prevenir as crises de DPOC, particularmente em pessoas propensas a crises frequentes ou graves e que não fumam. A teofilina é dada raramente, apenas para pessoas que não respondem a outros medicamentos.
A dose deve ser cuidadosamente controlada pelo médico, e, em algumas pessoas, os níveis do medicamento no sangue devem ser medidos periodicamente. A forma de ação prolongada do medicamento permite dose única diária ou duas vezes por dia em muitas pessoas e ajuda a controlar a falta de ar durante a noite.
Os médicos costumavam administrar medicamentos (expectorantes) para ajudar a tornar as secreções menos espessas e torná-las mais fáceis de serem expectoradas. No entanto, não há evidências boas de que esses medicamentos funcionem. No entanto, evitar a desidratação pode evitar o espessamento das secreções.
- Uma regra de ouro é beber bastante líquido para manter a urina clara, exceto a primeira expelida pela manhã.
- A oximetria de pulso é muitas vezes utilizada para monitorar sintomas.
- Coletar uma amostra de sangue de uma artéria ou veia e medir a quantidade de oxigênio e dióxido de carbono no sangue pode fornecer informações adicionais úteis no monitoramento da doença grave.
As crises devem ser tratadas o mais cedo possível. Quando se suspeita de infecção bacteriana, um curso de tratamento antibiótico de sete a dez dias é receitado normalmente. Muitos médicos dão às pessoas que têm DPOC um fornecimento de um antibiótico para ser mantido à mão e tomado no início de uma crise.
Uma série de antibióticos podem ser tomados por via oral, incluindo trimetoprima/sulfametoxazol, doxiciclina, amoxicilina/clavulanato e ampicilina. Muitos médicos reservam certos antibióticos, como azitromicina, claritromicina e levofloxacino, para pessoas com infecções pulmonares mais graves, pessoas em quem o tratamento com os medicamentos mais antigos não funcionou, pessoas com sintomas graves e pessoas em risco de infecção com organismos que não são suscetíveis de serem eliminados pelos medicamentos antigos (bactérias resistentes).
Pessoas cujo sistema imunológico está deprimido ou aquelas que vivem em asilos são mais suscetíveis de ser infectadas com bactérias resistentes. Algumas pessoas com doença grave ou crises frequentes se beneficiam de tomar antibióticos em longo prazo. Os antibióticos administrados comumente incluem azitromicina, claritromicina ou eritromicina.
No entanto, o uso de antibióticos em longo prazo pode não ser possível ou recomendado por causa dos efeitos colaterais incômodos ou porque o uso prolongado pode tornar as bactérias resistentes aos efeitos do antibiótico. Algumas pessoas com DPOC precisam receber oxigênio extra para manterem um nível de oxigênio suficiente no sangue.
Algumas pessoas precisam de oxigenoterapia por apenas um curto período de tempo, por exemplo, quando são liberadas de um hospital depois de uma crise de DPOC. A oxigenoterapia Oxigenoterapia Oxigenoterapia é um tratamento que fornece oxigênio extra aos pulmões quando o nível de oxigênio no sangue está muito baixo. de longa duração prolonga a vida das pessoas que têm DPOC avançada e níveis de oxigênio no sangue gravemente reduzidos. Embora a terapia em tempo integral seja melhor, o uso de oxigênio 12 horas por dia também tem alguns benefícios. Essa terapia reduz o excesso de hemácias causado por níveis baixos de oxigênio no sangue e ajuda a aliviar a cor pulmonale causada pela DPOC.
A oxigenoterapia também pode diminuir a falta de ar durante o exercício. Diferentes dispositivos estão disponíveis para oxigenoterapia. Concentradores de oxigênio acionados eletricamente são usados quando há tomadas elétricas disponíveis. Oxigênio comprimido está disponível em pequenos tanques que permitem que as pessoas saiam de suas casas por duas a seis horas.
Sistemas de oxigênio líquidos são mais caros, mas são preferíveis para pessoas ativas, pois permitem várias horas de distância do reservatório fonte. Concentradores de oxigênio portáteis acionados por bateria são uma outra opção e podem ser usados durante viagens em aviões comerciais.
As pessoas nunca devem usar oxigenoterapia perto de chamas ou ao fumar. A reabilitação pulmonar Reabilitação pulmonar Reabilitação pulmonar é o uso de exercícios supervisionados, orientação, apoio e intervenção comportamental para melhorar o modo como as pessoas com doença pulmonar crônica funcionam na vida.
leia mais pode ajudar as pessoas que têm DPOC, mas não melhora a função pulmonar. Programas abrangem educação sobre a doença, exercícios e aconselhamento nutricional e psicossocial. Esses programas podem melhorar a independência e a qualidade de vida, diminuir a frequência e a duração das estadias hospitalares e melhorar a capacidade de exercício.
Programas de exercícios podem ser realizados em uma instalação de tratamento ambulatorial ou em casa. Andar a pé (às vezes em uma esteira) é uma medida utilizada normalmente para exercitar as pernas. Às vezes, também são utilizadas medidas como andar de bicicleta ergométrica e subir escadas. Musculação é utilizada para os braços.
Muitas vezes, é recomendado oxigênio durante o exercício. Como acontece com qualquer programa de exercícios, os ganhos de condicionamento são rapidamente perdidos se a pessoa para de se exercitar. Técnicas especiais são ensinadas para diminuir a falta de ar durante as atividades, como cozinhar, fazer passatempos e atividade sexual.
- Antitussígenos de venda livre geralmente não ajudam e não são recomendados.
- Algumas vezes, são usados opioides para aliviar acessos de tosse graves ou dor, mas estes devem ser evitados sempre que possível, pois podem causar sonolência e constipação, suprimir a tosse (o que pode causar infecção ou agravá-la) e, se usados regularmente, podem causar dependência ou vício.
A cirurgia de redução do volume pulmonar pode ser realizada em pessoas com enfisema grave nas porções superiores dos seus pulmões. O objetivo é melhorar a capacidade de praticar exercícios e a qualidade de vida. Nessa cirurgia, as partes dos pulmões mais afetadas são removidas, permitindo, assim, que as partes restantes dos pulmões e do diafragma funcionem melhor.
A melhora dura, pelo menos, vários anos. As pessoas são obrigadas a parar de fumar por pelo menos seis meses antes da cirurgia. Elas devem ser submetidas a um intenso programa de reabilitação para determinar se a função total pode ser significativamente melhorada sem cirurgia antes de a realizarem, pois esta acarreta um risco de morte de cerca de 5%.
Válvulas podem ser colocadas dentro de partes das vias aéreas para bloquear estas partes (chamada válvulas endobrônquicas). Fazer isso ajuda somente algumas pessoas com DPOC. Para implantar essas válvulas, o médico utiliza um tubo de visualização flexível.
- A própria DPOC geralmente não causa a morte ou sintomas graves se a pessoa parar de fumar em uma época em que o fluxo de ar está apenas levemente obstruído.
- Continuar a fumar, no entanto, praticamente garante que os sintomas piorarão.
- Com obstrução moderada e grave, o prognóstico torna-se progressivamente pior.
Pessoas em estágios avançados de DPOC tendem a necessitar de ajuda considerável com assistência médica e atividades cotidianas. Elas podem, por exemplo, organizar-se para viver em um único andar de sua casa, comer várias pequenas refeições todos os dias ao invés de uma grande refeição e evitar o uso de sapatos que devem ser amarrados.
- A morte pode resultar de insuficiência respiratória, câncer de pulmão, doenças do coração (por exemplo, insuficiência cardíaca ou arritmias), pneumonia, pneumotórax ou bloqueio das artérias que irrigam os pulmões (embolia pulmonar).
- As pessoas com doença em estágio terminal que desenvolvem crises podem precisar de um tubo para respiração e ventilação mecânica.
A duração da ventilação mecânica pode ser prolongada e algumas pessoas permanecem dependentes de ventilador até a morte. É importante para as pessoas discutirem com seus médicos e entes queridos se desejam ou não esse tipo de terapia de suporte e fazê-la antes que ocorra uma crise.
COPD Foundation : Inclui informações sobre o diagnóstico e tratamento da DPOC e ferramentas de apoio às pessoas com DPOC e seus cuidadores
O que uma pessoa com DPOC não pode fazer?
Viver com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) pode ser um desafio. Você pode tossir muito e ter que lidar com o aperto no peito. E, às vezes, as atividades mais simples podem deixar você sem ar. Os sintomas desta doença crônica podem piorar com a idade.
- Atualmente, não há cura para a DPOC, mas o tratamento pode ajudá-lo a gerenciar a condição com sucesso.
- Se você tem DPOC e a medicação está sendo eficaz, você ainda pode fazer algumas mudanças de estilo de vida para ajudar você a ficar melhor.
- Algumas pessoas acham que praticar exercícios de respiração suave lhes dá mais controle sobre a respiração.
Também pode ajudar a fortalecer os músculos respiratórios e respirar mais facilmente. Mas dicas para gerenciar a DPOC não param por aí. Fazer alterações em sua casa também pode criar um espaço mais confortável para você! Aqui estão algumas dicas para uma casa amiga da DPOC: 1.
- Use uma cadeira de banho Algo tão simples como tomar banho pode deixá-lo sem fôlego e exausto.
- É preciso muita energia para ficar em pé, banhar-se e segurar os braços acima da cabeça ao lavar o cabelo.
- Usar uma cadeira de banho pode impedir que você exacerbe sua condição.
- E quando você é capaz de economizar energia, há um risco menor de lesão por queda ou escorregamento.2.
Mantenha um ventilador no banheiro O vapor do chuveiro aumenta o nível de umidade no banheiro. Isso também pode exacerbar a DPOC, provocando tosse e falta de ar. Para evitar o agravamento dos sintomas, só tome banho em banheiros bem ventilados. Se possível, com a porta ou uma janela aberta ou, ainda, use um exaustor.
- Se isso não for uma opção, coloque um ventilador portátil no banheiro enquanto toma banho para reduzir a umidade e ventilar o ambiente.3.
- Não permita que fumem na sua casa Muitos casos de DPOC são devidos ao tabagismo, seja por ser fumante ativo ou passivo.
- E mesmo que você tenha parado de fumar, a exposição à fumaça do cigarro pode causar um surto ou piorar seus sintomas.
Para manter seu sistema respiratório saudável, você deve evitar fumar e manter sua casa livre de fumo. Esteja atento ao fumo de terceira mão também. Isso se refere à fumaça residual deixada para trás depois que uma pessoa fuma. Então, mesmo que alguém não fume ao seu redor, o cheiro de fumaça em suas roupas pode piorar seus sintomas.4.
Elimine os tapetes Tapetes podem prender muitos poluentes como pelos de animais, poeira e outros alérgenos. Dependendo da gravidade dos sintomas, remover o carpete e substituí-lo por pisos de madeira ou azulejos pode ajudar a melhorar os sintomas. Se você não conseguir remover o carpete, compre um aspirador com filtro HEPA e aspire o chão com frequência.
A cada seis a 12 meses, limpe a vapor seus tapetes, móveis de tecido e cortinas.5. Ligue um purificador de ar Um purificador de ar pode remover alérgenos e outros poluentes e irritantes do ar. Para filtração de alto nível, escolha um purificador de ar com filtro HEPA.6.
Não use produtos químicos agressivos em ambientes fechados Alguns produtos químicos usados para remover o pó, esfregar ou desinfectar a sua casa podem, potencialmente, irritar o seu sistema respiratório e desencadear a falta de ar. Faça um esforço para evitar completamente produtos químicos. Isso inclui produtos químicos usados para limpar sua casa e produtos de higiene pessoal.
Além disso, tenha cuidado com purificadores de ar, plug-ins e velas perfumadas. Procure por itens naturais ou não tóxicos, livres de perfumes. Quanto a limpeza, considere fazer seus próprios produtos de limpeza domésticos naturais. Há muitas opções que você pode produzir usando vinagre, suco de limão, bicarbonato de sódio e água.7.
- Elimine a desordem interna Eliminar a desordem reduz o acúmulo de poeira para que você possa respirar mais facilmente.
- Quanto menos desordem em sua casa, melhor.
- A desordem é um terreno fértil para a poeira.
- Além de aspirar e limpar o chão, prateleiras, mesas, cantos e estantes.8.
- Tenha seu ar condicionado e dutos de ar inspecionados Esse é um aspecto da manutenção doméstica que você pode negligenciar, mas é importante se você tiver DPOC.
Mofo e bolor em sua casa podem passar despercebidos e, sem saber, piorar sua condição. Anualmente, agende uma inspeção de ar condicionado e mande inspecionar o duto em busca de bolor. Eliminar mofo e bolor em sua casa pode levar a um ar mais limpo e a um ambiente mais respirável.9.
Evite escadas Se você mora em uma casa de vários andares, considere se mudar para uma casa de um nível, se possível. Deixar a sua casa pode ser difícil, especialmente se você criou sua família e anos de memórias. Mas se você tem DPOC moderada a grave, com agravamento dos sintomas, subir escadas diariamente pode levar a surtos frequentes de falta de ar.
Se você não conseguir se mudar para uma casa de um nível, poderá escolher um quarto no andar de baixo ou instalar um elevador de escadas.10. Obtenha um tanque de oxigênio portátil Se você precisar de oxigenoterapia, converse com seu médico sobre como obter um tanque portátil.
- São leves e compactos e, por serem projetados para serem portáteis, você pode levá-los de um quarto para outro sem tropeçar.
- Usar um tanque de oxigênio portátil também facilita viajar para fora da casa, dando-lhe independência e melhorando sua qualidade de vida.
- Lembre-se, o oxigênio alimenta o fogo.
- Certifique-se de que você sabe como usá-lo com segurança.
Mantenha um extintor de incêndio em sua casa como precaução. Viver com a DPOC tem seus desafios, mas fazer alguns ajustes básicos pode criar uma casa mais adequada a essa doença. Ter um espaço confortável e respirável pode reduzir o número de crises, permitindo que você aproveite a vida ao máximo.
Quando a DPOC é grave?
DPOC leve = OURO 1 (maior ou igual a 80% FEV1) DPOC moderada = OURO 2 (50-80% FEV1) DPOC grave = OURO 3 (20-50% FEV1) DPOC muito grave = OURO 4 (menos de 30% FEV1)
Como fica o pulmão de quem tem DPOC?
O ar que penetra pelo nariz e pela boca chega ao interior dos pulmões percorrendo a traqueia e os brônquios. Na pessoa que tem DPOC ocorre uma inflamação crônica dos brônquios (bronquite crônica) e uma destruição dos alvéolos, que são as células que formam os pulmões, o que origina o enfisema pulmonar (foto).
A DPOC tem evolução progressiva e irreversível. QUAL O RISCO DE SE TER DPOC? A DPOC é causada pelo cigarro e acomete cerca de 20% a até 50% dos fumantes. Estima-se que no Brasil existam cerca de 50 milhões de fumantes. Portanto, em nosso país devem existir pelo menos 10 milhões de pacientes com DPOC. Em média, a pessoa precisa ter fumado pelo menos por 20 a 25 anos.
Por isso, o diagnóstico é feito geralmente após os 40 anos de idade. Pessoas que utilizam fogão a lenha por muitos anos também fazem parte do grupo de risco. A DPOC ACOMETE AMBOS OS SEXOS? Por estar diretamente relacionada ao tabagismo, a DPOC afeta pessoas que tenham fumado por muito tempo (geralmente mais de 20 anos) e, logo, comumente são pacientes com mais de 40 anos.
- Em sua maioria, são homens, mas também têm aumentado os casos de mulheres com DPOC uma vez que o nível de tabagismo no público feminino aumentou nas últimas décadas.
- Algumas pessoas possuem uma predisposição genética que pode levar à DPOC mesmo com pouca ou nenhuma exposição ao tabaco, mas isso é raro de se encontrar.
QUAIS OS SINTOMAS DA DPOC? Geralmente o doente apresenta tosse e falta de ar. A tosse pode ser seca, mas, habitualmente, ocorre expectoração pela manhã. No início dos sintomas é comum a pessoa apresentar apenas um pigarro constantemente. A falta de ar é progressiva, sendo no início apenas aos esforços (como subir uma escada ou uma ladeira).
Com a evolução da doença, a falta de ar acaba se tornando limitante, impedindo o doente de realizar as mínimas atividades habituais do dia a dia, como tomar banho, pentear os cabelos e até mesmo comer. Em grau muito grave, é necessária a suplementação de oxigênio para que a pessoa possa sobreviver. O QUE É UMA CRISE DE EXACERBAÇÃO DA DPOC? A DPOC pode evoluir com infecções respiratórias de repetição que levam a uma acentuação aguda dos sintomas da doença.
Essa situação é comumente conhecida como “crise de bronquite”, e cientificamente chamada de exacerbação da doença. Em muitas dessas situações, há necessidade de internação para o tratamento dessa crise. Com o passar do tempo essas crises podem aumentar em número e em intensidade.
A única maneira de impedir a evolução da doença é a cessação do tabagismo. COMO SABER SE EU TENHO DPOC? Se você tiver mais de 40 anos, for fumante ou ex-fumante e responder “sim” a pelo menos uma das questões abaixo, procure seu médico para avaliação: – Você tosse várias vezes na maior parte do tempo? – Você expectora na maioria dos dias? – Você tem mais falta de ar que seus amigos da mesma faixa etária? QUAL A DIFERENÇA ENTRE A DPOC E A ASMA? É muito importante fazer esta diferenciação.
“Bronquite” é um termo genérico que significa inflamação dos brônquios. Quando ela é de causa alérgica, isso ocorre geralmente desde a infância ou adolescência e recebe o nome de “asma”. Essa inflamação da asma é diferente da ‘bronquite crônica’ da DPOC, que é causada pelo tabagismo e se desenvolve apenas na idade adulta após anos de consumo de cigarros.
Na asma a pessoa apresenta uma reação exagerada com contração das paredes dos brônquios (chama-se de hiper-reatividade) a estímulos externos, que podem ser poluentes ambientais, ar frio, ou mesmo domésticos, como os ácaros, animais de estimação ou fumaça do cigarro. Isso leva a uma contração dos brônquios e dificuldades à passagem do ar, provocando falta de ar.
O tratamento, feito à base de drogas anti-inflamatórias e broncodilatadoras por via inalatória, trata a causa do processo, reverte a inflamação e previne o portador de desenvolver crises quando exposto a estes fatores. Já a DPOC, que é um misto de bronquite crônica e enfisema pulmonar, provoca alterações irreversíveis nos brônquios e nos pulmões dos fumantes.
Qual a expectativa de vida de uma pessoa com DPOC?
A partir do diagnóstico, o que fazer? – Existem diversas medicações inalatórias que ajudam a aliviar os sintomas do paciente, além delas, podemos citar algumas ferramentas importantes que protegem os pulmões e trazem maior qualidade de vida ao portador do enfisema pulmonar: Atividade física;
Fisioterapia respiratória; Reabilitação pulmonar.
Geralmente, o tratamento dos sintomas é o suficiente, mas em alguns casos, quando o paciente está em fase terminal, pode ser necessário o uso de cilindro de oxigênio e até mesmo o transplante de pulmão. É importante lembrar que o paciente fumante deve eliminar imediatamente o hábito de fumar de sua rotina e deve atentar-se também ao calendário de vacinação.
Manter as vacinas de gripe e pneumonia em dia é essencial para evitar as infecções respiratórias de repetição. Além de o tratamento em geral não ser muito caro, é também disponibilizado pelo SUS, basta o paciente consultar um médico pneumologista para conseguir o diagnóstico preciso. Após o diagnóstico, a expectativa de vida do paciente varia bastante de acordo com a gravidade do acometimento.
A maioria das pessoas vive mais de 10 anos, entretanto nos casos graves a expectativa pode ser menor que 5 anos. A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) afeta mais de 200 milhões de pessoas no mundo, das quais 65 têm doença moderada ou grave. Os dados foram divulgados em 2017 pelo Fórum Internacional de Doenças Respiratórias em seu relatório sobre o Impacto Global da Doença Respiratória.
- Como se prevenir do enfisema pulmonar? Desencorajar os indivíduos a começar a fumar e encorajar os fumantes a reduzir e parar de fumar são as primeiras e mais importantes prioridades na prevenção da DPOC.
- Além disso, manter um estilo de vida saudável, praticar exercícios e viver em contato com a natureza, longe da poluição, também são maneiras efetivas de se prevenir da doença! – E então, o que achou deste artigo? Esperamos ter esclarecido as principais dúvidas sobre o enfisema pulmonar.
Continue acompanhando nossas publicações no nosso blog!
Como é a vida de quem tem DPOC?
A DPOC tem grande impacto negativo tanto clínico como socioeconômico, sendo tão grave como o diabetes e as doenças cardiovasculares. O paciente com DPOC frequentemente possui falta de ar e tosse porque seus pulmões e suas vias aéreas (brônquios) estão doentes.
Qual a forma mais grave de DPOC?
A doença pulmonar obstrutiva crônica é a limitação do fluxo de ar provocada por resposta inflamatória a toxinas inalatórias, frequentemente fumaça de cigarro. Deficiência de alfa-1 antitripsina e uma variedade de exposições ocupacionais constituem causas menos comuns em indivíduos que não são tabagistas.
Os sintomas compreendem tosse produtiva e dispneia, que se desenvolvem durante anos, e os sinais comuns envolvem a diminuição dos sons respiratórios e a ausculta de sibilos. Os casos graves podem ser complicados por perda ponderal, pneumotórax, episódios frequentes de descompensação aguda, insuficiência cardíaca direita e/ou insuficiência respiratória aguda ou crônica.
O diagnóstico baseia-se na história, no exame físico, na radiografia do tórax e nos testes de função pulmonar. O tratamento é com broncodilatadores, corticoides e, se necessário, oxigênio e antibióticos. Utilizam-se procedimentos de redução do volume pulmonar ou transplante de pulmão na doença avançada.
Bronquite obstrutiva crônica (determinada clinicamente) Enfisema pulmonar (determinado patológica ou radiologicamente)
Muitos pacientes têm características de ambos. A bronquite obstrutiva crônica é a bronquite crônica com obstrução das vias respiratórias. A bronquite crônica é definida como tosse produtiva na maioria dos dias da semana, com duração total de pelo menos 3 meses em 2 anos consecutivos.
A bronquite crônica torna-se bronquite obstrutiva crônica se houver o desenvolvimento de evidências espirométricas de obstrução das vias respiratórias. A bronquite asmática crônica é uma condição sobreposta semelhante, caracterizada por tosse produtiva crônica, sibilos e obstrução parcialmente reversível das vias respiratórias em tabagistas com história de asma Asma A asma brônquica é uma doença caracterizada por inflamação difusa das vias respiratórias, desencadeada por diversos estímulos deflagradores, que resulta em broncoconstrição parcial ou completamente.
leia mais, Em alguns casos, a distinção entre bronquite obstrutiva crônica e bronquite asmática não é clara e pode ser chamada de sobreposição de doença pulmonar obstrutiva crônica e asma (SDA). O enfisema pulmonar é a destruição do parênquima pulmonar, acarretando a perda da retração elástica dos septos alveolares e da tração radial das vias respiratórias, o que aumenta a tendência ao colapso destas.
É sucedido por hiperinsuflação pulmonar, limitação do fluxo aéreo e aprisionamento de ar. Os espaços aéreos dilatam-se e com o tempo desenvolvem vesículas ou bolhas. Considera-se a obliteração das pequenas vias respiratórias a lesão mais precoce que precede o desenvolvimento do enfisema. A DPOC está mais frequente todo o mundo por causa do aumento do tabagismo e da redução na taxa de mortalidade por doenças infecciosas.
Dra. Luiza Helena Degani Costa – DPOC
Em algumas regiões, o uso disseminado de combustíveis de biomassa, como madeira, gramíneas ou outros materiais orgânicos, também contribui para a prevalência da DPOC. As taxas de mortalidade por DPOC podem ser mais altas em países com más condições clínicas do que em países com maior acesso a cuidados de saúde.
- A DPOC foi responsável por 3,23 milhões de mortes em todo o mundo em 2019 e é a terceira principal causa de morte.
- A pandemia de covid-19 representou um risco em particular para pacientes com DPOC.
- A taxa de mortalidade para pacientes com DPOC e covid-19 foi de 15% versus 4% naqueles sem DPOC ( 2 Referências sobre epidemiologia A doença pulmonar obstrutiva crônica é a limitação do fluxo de ar provocada por resposta inflamatória a toxinas inalatórias, frequentemente fumaça de cigarro.
Deficiência de alfa-1 antitripsina. leia mais ). As taxas de hospitalização foram duas vezes maiores para pacientes com DPOC e covid-19 em comparação com aqueles sem DPOC. No geral, porém, a covid-19 foi associada a uma redução mundial nas hospitalizações por DPOC ( 3 Referências sobre epidemiologia A doença pulmonar obstrutiva crônica é a limitação do fluxo de ar provocada por resposta inflamatória a toxinas inalatórias, frequentemente fumaça de cigarro. ). As razões disso não são claras, mas acredita-se que reflitam a redução da exposição a outras infecções virais como resultado do aumento das precauções contra infecções respiratórias ( 3 Referências sobre epidemiologia A doença pulmonar obstrutiva crônica é a limitação do fluxo de ar provocada por resposta inflamatória a toxinas inalatórias, frequentemente fumaça de cigarro. ). Além disso, especula-se que as hospitalizações foram reduzidas durante a pandemia porque os pacientes com emergências de saúde, como exacerbação aguda da DPOC, evitaram unidades de pronto atendimento por medo de contrair covid-19 ( 4 Referências sobre epidemiologia A doença pulmonar obstrutiva crônica é a limitação do fluxo de ar provocada por resposta inflamatória a toxinas inalatórias, frequentemente fumaça de cigarro. ).
2. Meza D, Khuder B, Bailey JI, et al : Mortality from COVID-19 in patients with COPD: A US study in the N3C Data Enclave. Int J Chron Obstruct Pulmon Dis 16:2323–2326, 2021. doi: 10.2147/COPD.S318000 3. Alqahtani JS, Oyelade T, Aldhahir AM, et al : Reduction in hospitalised COPD exacerbations during COVID-19: A systematic review and meta-analysis. PLoS One 2021 Aug 3;16(8):e0255659, 2021. doi: 10.1371/journal.pone.0255659 4. Wong LE, Hawkins JE, Langness S, et al : Where are all the patients? Abordar o medo da covid-19 para incentivar os pacientes a procurar atendimento de emergência. NEJM Catal Innov Care Deliv May 14, 2020.
Existem 2 principais causas de doença pulmonar obstrutiva crônica:
Tabagismo (e, menos frequentemente, outras exposições inalatórios) Fatores genéticos
De todas as exposições inalatórias, o tabagismo é o principal fator de risco na maioria dos países, embora apenas cerca de 15% dos fumantes desenvolvam doença pulmonar obstrutiva crônica clinicamente aparente; uma história de exposição a 40 ou mais anos/maço é especialmente preditivo.
A fumaça proveniente da queima de madeira em ambientes internos é um fator causal importante em países onde fogueiras em ambientes internos são comumente usadas para cozinhar ou aquecer. Tabagistas com reatividade preexistente das vias respiratórias (definida pelo aumento da sensibilidade à inalação de metacolina), mesmo na ausência de asma clínica, têm maior risco de desenvolver DPOC do que aqueles que não têm essa reatividade.
Descobriu-se que mais de 30 alelos genéticos estão associadas à doença pulmonar obstrutiva crônica ou à deterioração da função pulmonar em populações específicas, mas nenhum mostrou ser tão relevante quanto a alfa-1 antitripsina. Vários fatores causam a limitação do fluxo aéreo e outras complicações da doença pulmonar obstrutiva crônica.
Em indivíduos geneticamente suscetíveis, as exposições inalatórias deflagram uma resposta inflamatória nas vias respiratórias e nos alvéolos, que desencadeia a doença. Admite-se que o processo seja mediado pelo aumento da atividade da protease e pela diminuição da atividade antiprotease. As proteases pulmonares, como a elastase neutrofílica, as metaloproteinases da matriz e as catepsinas, provocam a lise da elastina e do tecido conjuntivo no processo normal de reparação tecidual.
A atividade dessas proteases costuma ser balanceada por antiproteases, como alfa-1 antitripsina, inibidor da leucoproteinase secretória derivada do epitélio, elafina e inibidor tecidual da metaloproteinase da matriz. Em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica, a ativação de neutrófilos e de outras células inflamatórias libera proteases como parte do processo inflamatório; a atividade da protease supera a atividade da antiprotease, resultando em destruição tecidual e hipersecreção de muco.
- A ativação de neutrófilos e macrófagos também provoca acúmulo de radicais livres, ânions superóxidos e peróxido de hidrogênio, que inibem as antiproteases e causam broncoconstrição, edema de mucosa e hipersecreção.
- A lesão oxidante induzida pelo neutrófilo, a liberação de neuropeptídeos pró-fibróticos (p.
ex., bombesina) e a redução dos níveis de fator de crescimento endotelial vascular podem contribuir para a destruição do parênquima pulmonar apoptótico. A infecção respiratória (pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica são propensos a ela) pode amplificar a progressão da destruição do pulmão.
As bactérias, especialmente Haemophilus influenzae Infecções por Haemophilus Bactérias Gram-negativas Haemophilus spp causam inúmeras infecções leves e graves, como bacteremia, meningite, pneumonia, sinusite, otite média, celulite e epiglotite. O diagnóstico é. leia mais, colonizam as vias respiratórias inferiores em cerca de 30% dos pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica.
Em pacientes com comprometimento mais grave (p. ex., naqueles com hospitalizações prévias), a colonização por Pseudomonas aeruginosa Infecções por Pseudomonas e infecções relacionadas Pseudomonas aeruginosa e outros membros deste grupo de bacilos Gram-negativos são patógenos oportunistas que frequentemente causam infecções adquiridas em hospitais, especialmente nos.
- Leia mais e outras bactérias gram-negativas é comum.
- O tabagismo e a obstrução das vias respiratórias acarretam o comprometimento da depuração do muco das vias respiratórias, o que predispõe à infecção.
- Os surtos repetidos de infecção conduzem ao aumento da magnitude do processo inflamatório, que acelera a progressão da doença.
Entretanto, não existem evidências de que o uso a longo prazo de antibióticos diminua a progressão da doença pulmonar obstrutiva crônica. A característica fisiopatológica primordial da doença pulmonar obstrutiva crônica é a limitação do fluxo aéreo provocada por estreitamento e/ou obstrução das vias respiratórias, perda de retração elástica, ou ambas.
Estreitamento e obstrução das vias respiratórias são causados por inflamação mediada pela hipersecreção de muco, tamponamento de muco, espasmo brônquico, fibrose peribrônquica e remodelação das pequenas vias respiratórias ou uma combinação desses mecanismos. Os septos alveolares são destruídos, reduzindo as inserções do parênquima nas vias respiratórias, facilitando assim o fechamento delas durante a expiração.
Os espaços alveolares dilatados às vezes se fundem em bolhas, definidas como espaços aéreos ≥ 1 cm de diâmetro. As bolhas podem estar totalmente vazias ou ter filamentos de tecido pulmonar que as atravessam em áreas de enfisema localmente grave e, ocasionalmente, ocupam todo o hemitórax.
- Essas mudanças provocam a perda do recolhimento elástico e a hiperinflação pulmonar.
- A maior resistência das vias respiratórias aumenta o trabalho de respiração.
- Hiperinsuflação pulmonar, embora diminua a resistência das vias respiratórias, também aumenta o esforço respiratório.
- O aumento do trabalho respiratório pode levar à hipoventilação alveolar com hipóxia e hipercapnia, embora hipóxia e hipercarbia também possam ser causadas pelo desequilíbrio entre ventilação e perfusão (V/Q).
Além da limitação do fluxo aéreo e da insuficiência respiratória, as complicações às vezes incluem
Hipertensão pulmonar Infecção respiratória Perda ponderal e outras comorbidades
Infecções respiratórias virais ou bacterianas são comuns entre os pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica e causam uma grande porcentagem das agudizações. Atualmente, acredita-se que as infecções bacterianas agudas são decorrentes da aquisição de novas cepas de bactérias, em vez de provenientes do crescimento de bactérias colonizadoras crônicas.
- Pode haver perda ponderal, talvez em resposta à insuficiente ingestão calórica e aumento dos níveis circulantes do fator de necrose tumoral (FNT)-alfa.
- Essa perda ponderal pode decorrer de um descompasso entre o gasto calórico e a ingestão nutricional porque o gasto calórico pode ser alto na presença de citocinas inflamatórias aumentadas e hipoxemia.
Outras doenças coexistentes ou complicantes que afetam de maneira negativa a qualidade de vida e/ou a sobrevida são osteoporose Osteoporose A osteoporose é uma doença óssea metabólica progressiva que diminui a densidade mineral óssea (massa óssea por unidade de volume), com deterioração da estrutura óssea., depressão Transtornos depressivos Caracterizam-se por tristeza suficientemente grave ou persistente para interferir no funcionamento e, muitas vezes, para diminuir o interesse ou o prazer nas atividades. A causa exata é desconhecida. leia mais, ansiedade Visão geral dos transtornos de ansiedade Todas as pessoas experimentam periodicamente medo e ansiedade.
- O medo é uma resposta emocional, física e comportamental a uma ameaça externa imediatamente reconhecível (p.
- Ex., um intruso, um.
- Leia mais, doença coronariana Visão geral da doença coronariana A doença coronariana envolve o comprometimento do fluxo sanguíneo através das artérias coronárias, mais frequentemente por ateromas.
As manifestações clínicas envolvem isquemia silenciosa, angina. leia mais, câncer de pulmão Visão geral dos tumores dos pulmões Tumores pulmonares podem ser Primária Metastáticos a partir de outros locais no corpo Tumores primários do pulmão podem ser Maligno (ver a tabela Classificação dos tumores pulmonares malignos. leia mais e outros cânceres, atrofia muscular e refluxo gastresofágico Doença do refluxo gastroesofágico (DRG) Incompetência do esfíncter esofágico inferior permite o refluxo do conteúdo gástrico no esôfago, causando dor em queimação., Não se sabe se esses transtornos são consequências da doença pulmonar obstrutiva crônica, do tabagismo, ou da inflamação sistêmica associada.
1. Pascoe S, Barnes N, Brusselle G, et al : Blood eosinophils and treatment response with triple and dual combination therapy in chronic obstructive pulmonary disease: analysis of the IMPACT trial. Lancet Respir Med 7(9):745–756 2019. doi: 10.1016/S2213-2600(19)30190-0
Qual a doença mais grave do pulmão?
Metade da lista com as 10 enfermidades que mais matam no mundo é composta por patologias respiratórias De acordo com a lista das dez doenças mais mortais do mundo, publicada pela renomada revista médica The Lancet, nada menos do que a metade delas tem origem respiratória. As enfermidades mais graves são a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (3º lugar), as infecções respiratórias (4º), câncer de pulmão (5º), acidentes de trânsito ligados à apneia do sono (8º) e tuberculose (10º).
Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica – Caracteriza-se por retardar o fluxo do ar através das vias aéreas. Atinge mais de 328 milhões de pessoas em todo o mundo. De acordo com o jornal ABC, da Espanha, estima-se que, naquele país, mais de dois milhões de pessoas tenham esse problema e que 18 mil morrem anualmente.
Infecção respiratória – Embora se constate a diminuição progressiva de vítimas, as infecções respiratórias (nas últimas décadas caíram uma posição na lista) causam 3,2 milhões de mortes, em âmbito global. Câncer de pulmão – É uma das enfermidades que mais cresceu nos últimos 20 anos.
Estima-se que 1,5 milhão de pessoas morreram em 2010, o equivalente a 19% de todas as mortes por câncer naquele ano. Destas, mais de 70% das mortes resultaram do consumo de tabaco. Apneia do sono – Cerca de 20% dos acidentes de trânsito ocorrem por esta causa. As fatalidades estão relacionadas com sonolência até quatro vezes mais fortes do que as causadas por drogas, álcool ou transtornos mentais.
Tuberculose – Doença com tratamento e cura, desde que o paciente siga a medicação de forma adequada. A taxa de mortalidade da tuberculose caiu 41% entre 1990 e 2010. Devido a isso, caiu do sexto para o décimo lugar na lista das doenças mais mortais.
Qual é a saturação normal de uma pessoa com DPOC?
O que é saturação normal de oxigênio? – Medida em percentuais, a saturação de oxigênio indica o quanto desse composto essencial para a vida circula na corrente sanguínea, Para isso, o que se busca saber é a relação entre a hemoglobina ligada ao O2 e a hemoglobina “solta”.
Sendo assim, quanto mais perto de 100% estiver essa proporção, mais saudável será o organismo. Lembrando que um índice de saturação considerado normal está geralmente acima de 95%. As exceções nesse caso são pessoas portadoras de deficiências respiratórias crônicas, como DPOC ou asma, Para elas, a saturação pode oscilar em torno de 90%, sendo considerada normal ainda assim.
Já em pessoas saudáveis, a queda da saturação em percentuais abaixo de 90% é um forte indicador de problemas graves, como anemia, pneumonia ou insuficiência cardíaca. Nesses casos, o melhor a ser feito é levar a pessoa enferma para o hospital, a fim de receber atendimento de urgência, como acontece com asmáticos e portadores de bronquite, por exemplo.
Qual o medicamento mais moderno para DPOC?
Um Novo Padrão de Cuidado para a DPOC São eles: um anti-inflamatório que é a beclometasona, um corticosteroide inalado (C.I.); um broncodilatador beta2 agonista de longa duração (LABA), o formoterol; e outro broncodilatador, agora um anticolinérgico de longa duração (LAMA), o glicopirrônio.
É possível viver bem com DPOC?
2 – Após ser diagnosticado com DPOC grave, quanto tempo a pessoa tem de vida? – Não é possível estabelecer um limite de tempo que um portador da doença pode viver. Mesmo nos casos mais graves, se realizar o tratamento adequado e adotar hábitos saudáveis, é possível ter uma vida plena.
Quem tem DPOC emagrece?
ARTIGO DE REVISÃO Terapia nutricional na doença pulmonar obstrutiva crônica e suas complicações nutricionais * * Trabalho realizado na Escola de Nutrição da Universidade Federal de Ouro Preto – UFOP – Ouro Preto (MG) – Brasil. Amanda Carla Fernandes I ; Olívia Maria de Paula Alves Bezerra II I Acadêmica em Nutrição da Universidade Federal de Ouro Preto – UFOP – Ouro Preto (MG) Brasil II Doutora em Ciência Animal, Epidemiologia, pela Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG. Professora Adjunta do Departamento de Nutrição Clínica da Escola de Nutrição da Universidade Federal de Ouro Preto – UFOP – Ouro Preto (MG) Brasil Endereço para correspondência RESUMO A doença pulmonar obstrutiva crônica caracteriza-se pela obstrução progressiva e parcialmente reversível do fluxo aéreo pulmonar. Sua evolução pode trazer inúmeras complicações que afetam o estado nutricional dos pacientes. O objetivo deste artigo é apresentar uma breve revisão da literatura sobre a terapia nutricional instituída na doença pulmonar obstrutiva crônica, através de levantamento bibliográfico de artigos publicados nos últimos dezoito anos, utilizando as bases de dados LILACS e MEDLINE, A desnutrição está associada a mau prognóstico da doença devido a uma maior predisposição a infecções e à diminuição da força dos músculos expiratórios, tolerância ao exercício e qualidade de vida. Apesar de ser extremamente comum em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica, é importante reconhecê-la como um fator de risco independente, uma vez que pode ser modificada através de um acompanhamento dietoterápico adequado e eficaz. A terapia nutricional na doença pulmonar obstrutiva crônica é iniciada com a avaliação do estado nutricional do paciente para identificação do risco nutricional e do nível de atendimento a ser estabelecido. Nessa avaliação devem ser utilizados indicadores antropométricos, bioquímicos, de consumo alimentar e de composição corporal. A dieta deve conter um aporte adequado de macronutrientes, micronutrientes e imunonutrientes a fim de recuperar e/ou manter o estado nutricional e evitar complicações. As características físicas da dieta devem ser adaptadas às necessidades e tolerâncias individuais de cada paciente. A terapia nutricional individualizada é muito importante no tratamento de pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica, mostrando-se fundamental na evolução do quadro e na melhoria da qualidade de vida. Descritores: Doença pulmonar obstrutiva crônica; Avaliação nutricional; Desnutrição; Terapia Nutricional INTRODUÇÃO A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é uma doença passível de prevenção e tratamento, causada por uma limitação parcialmente reversível do fluxo aéreo, geralmente progressiva. Está associada a uma resposta inflamatória anormal dos pulmões à inalação de partículas e gases tóxicos, e é primariamente causada pelo hábito de fumar cigarros. Além de afetar os pulmões, a DPOC produz significativas conseqüências sistêmicas, como a diminuição do índice de massa corporal (IMC) e da capacidade física, (1-2) além de aumento da circulação de mediadores inflamatórios e proteínas de fase aguda. (3) Em geral, a DPOC costuma ser diagnosticada por volta da quinta ou sexta décadas de vida. (4) Pode se iniciar mais cedo em indivíduos expostos a poluição ambiental (principalmente ao dióxido de enxofre) e a poluentes de origem ocupacional, como cádmio, sílica, asbesto, quartzo, entre outros, (5) e também naqueles com deficiência de a-1 antitripsina. (6) A a-1 antitripsina é uma soroproteína capaz de inibir as proteases de células inflamatórias, e sua deficiência pode causar a digestão proteolítica do parênquima pulmonar. (7) A DPOC é uma das principais causas de morte em todo o mundo, sendo o tabagismo responsável por mais de 90% dos casos. Devido ao seu caráter progressivo e incapacitante, acarreta um considerável impacto econômico e social, pela redução na produtividade, mortes prematuras, comprometimento do orçamento familiar, aposentadorias precoces e alto custo com o tratamento e com as internações, que são muito freqüentes. (8) Em 1993, os gastos com morbidade e mortalidade por DPOC nos EUA foram estimados em 23,9 bilhões de dólares, sendo 14,7 bilhões relacionados diretamente ao tratamento da doença e 9,2 bilhões à morbidade indireta e mortalidade prematura. (9) A prevalência e a mortalidade são maiores entre os homens do que entre as mulheres. No entanto, a tendência para os homens, especialmente os mais jovens, é de estabilidade e até mesmo decréscimo, enquanto que para as mulheres a tendência é de crescimento. (10) A estimativa de prevalência de DPOC no Brasil, a partir da população de tabagistas, indica a existência de sete milhões e meio de portadores da doença. Este valor representa aproximadamente 5% da população brasileira. (11) De acordo com dados do Departamento de Informação e Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), verificados em consulta realizada em 09/02/2003, o número de internações hospitalares por DPOC no Brasil no período de 1998 a 2003 foi de 1.480.881, sendo a Região Sul responsável por 42,3% delas. Um estudo realizado em Pelotas (RS) mostra prevalência de 12,7% de bronquite crônica em indivíduos com idade acima de 40 anos. (12) Os dados preliminares do Estudo PLATINO, realizado pela Associação Latino-Americana de Tórax na Cidade de São Paulo (SP) indicam que a prevalência da DPOC na população com idade maior ou igual a 40 anos varia entre 6% e 15,8%, o equivalente a 2.800.000 a 6.900.000 indivíduos acometidos pela doença. (2) Pelas estimativas da Organização Mundial de Saúde, no ano de 2020 a DPOC será a quinta condição com maior impacto para a sociedade mundial. (11,13) A evolução da DPOC pode trazer inúmeras complicações que afetam o estado nutricional dos pacientes, como a desnutrição, que ocorre devido à diminuição no consumo de alimentos e ao gasto energético aumentado. (6,14) O objetivo deste trabalho foi realizar uma revisão na literatura sobre a DPOC, enfatizando de modo especial a terapia nutricional a ser instituída. Para isto, foi realizado um levantamento bibliográfico de artigos científicos nacionais e internacionais publicados nos últimos dezoito anos, utilizando-se as bases de dados LILACS e MEDLINE, DESNUTRIÇÃO Na DPOC ocorre freqüentemente a desnutrição do tipo marasmática, que constitui uma forma de adaptação à desnutrição crônica. (15) Observa-se uma prevalência de desnutrição de 22% a 24% em pacientes ambulatoriais e entre 34% e 50% em pacientes hospitalizados com DPOC. (2) Ela leva à diminuição do desempenho respiratório devido à depleção das proteínas musculares. (16) Além disso, também aumenta a suscetibilidade a infecções pulmonares. A desnutrição na DPOC não depende de um único mecanismo. Vários estudos sugerem que a sua etiologia é multifatorial, sendo a ingestão inadequada de alimentos e o gasto energético aumentado os dois principais mecanismos envolvidos em sua gênese. (17) São vários os fatores que podem levar a uma ingestão inadequada de alimentos em pacientes com DPOC e, conseqüentemente, causar perda de peso, como dificuldades na mastigação e deglutição decorrentes da dispnéia, tosse, secreção e fadiga. (14) A úlcera péptica é um achado comum em pacientes com DPOC. (18) Os corticosteróides também apresentam um impacto negativo muito importante sobre o estado nutricional desses pacientes, devido à diminuição do apetite, desmineralização óssea e enfraquecimento da massa muscular. (19-20) O gasto energético aumentado em pacientes com DPOC pode ser atribuído ao hipermetabolismo decorrente de um aumento do trabalho dos músculos respiratórios, que leva a uma maior necessidade de oxigênio pelos mesmos. Esses músculos são submetidos a um trabalho aumentado e apresentam eficiência mecânica diminuída. (6,21) Devido ao aumento do trabalho ventilatório e dos mediadores inflamatórios, além da influência dos medicamentos, observa-se um aumento de 15% a 17% na taxa de metabolismo basal em pacientes com DPOC. (22) O aumento da taxa de metabolismo basal aparece com maior freqüência em pacientes com DPOC grave e pode levar a uma perda de peso. As doenças intercorrentes como infecções e procedimentos cirúrgicos podem levar à anorexia e a um maior catabolismo, tendo como resultado a perda de massa muscular. A leptina é uma proteína sintetizada pelo tecido adiposo que desempenha um importante papel no metabolismo energético. Este hormônio representa um sinal para o cérebro e para os tecidos periféricos e regula a ingestão alimentar, o gasto energético basal e o peso corporal. Estudos recentes sugerem que o aumento de mediadores inflamatórios pode alterar o metabolismo da leptina em pacientes com DPOC, contribuindo para a perda de peso. (23-24) Conseqüências da desnutrição O impacto da desnutrição sobre o sistema pulmonar leva a uma diminuição na elasticidade e função dos pulmões, massa muscular respiratória, força e resistência, além de alterações nos mecanismos imunológicos de defesa pulmonar e controle da respiração. (14) As deficiências de macro e micronutrientes em pacientes desnutridos geram uma série de alterações que agravam ainda mais o quadro de DPOC. A deficiência de proteína e ferro pode levar a baixos níveis de hemoglobina, com conseqüente diminuição da capacidade de transporte de oxigênio. A deficiência de vitamina C afeta a síntese de colágeno, que é importante na composição do tecido conjuntivo de suporte dos pulmões. Em nível celular, a função dos músculos pode estar comprometida devido aos baixos níveis de cálcio, magnésio, fósforo e potássio. A oferta diminuída de proteínas e fosfolipídeos também compromete a função do surfactante, contribuindo para o colapso alveolar e o conseqüente aumento do trabalho respiratório. (25) Vale ainda ressaltar que o muco das vias respiratórias é formado por água, glicoproteínas e eletrólitos, e que a hipoproteinemia também leva ao desenvolvimento de edema pulmonar, devido à diminuição da pressão coloidosmótica, que permite aos fluidos corpóreos movimentarem-se para o espaço intersticial. (14) As alterações no sistema imune decorrentes da desnutrição tornam o paciente mais suscetível a infecções pulmonares. A desnutrição leva à atrofia dos tecidos linfáticos, afetando principalmente a imunidade mediada por células. Observa-se redução do número de linfócitos T auxiliares devida à diminuição da atividade da interleucina-1, da razão T4/T8 no lavado broncoalveolar e à redução na produção de linfocinas e monocinas. (26) Com a realimentação e ganho de peso corpóreo, observa-se melhora nas contagens absolutas de linfócitos e na reatividade a antígenos de teste cutâneo. (27) A desnutrição protéico-calórica grave também leva a alterações no sistema do complemento e aumento dos níveis séricos do fator de necrose tumoral, que pode estar associado à anorexia, degradação muscular e alteração do metabolismo de lipídeos pela inibição da lipase lipoprotéica tecidual e efeito pirogênico. (6,26,28) Observa-se, também, que a desnutrição leva à diminuição do volume corrente e do número de suspiros, provocando um colapso alveolar e remoção inadequada de secreções, o que, por sua vez, aumenta a predisposição a infecções pulmonares. (27) As pressões respiratórias, pressão inspiratória máxima e pressão expiratória máxima, refletem a força dos músculos inspiratórios e expiratórios, respectivamente. A redução do peso em pacientes com DPOC pode levar a baixos valores da pressão inspiratória máxima, devido à fraqueza dos músculos inspiratórios. (29) As conseqüências das alterações morfológicas, funcionais, musculares e pulmonares da desnutrição em pacientes portadores de DPOC são: diminuição do desempenho respiratório ao esforço; ocorrência de insuficiência respiratória aguda; dificuldade de interromper o uso da ventilação artificial, uma vez que os músculos respiratórios se atrofiam durante a ventilação mecânica prolongada, pelo fato de eles só apresentarem movimentos passivos; e maior suscetibilidade a infecções respiratórias. (30) A DPOC apresenta efeitos importantes sobre as propriedades resistivas e elásticas do sistema respiratório. A diminuição da resistência muscular com a conseqüente predisposição à fadiga é o efeito funcional mais claro da desnutrição sobre o diafragma e os músculos respiratórios, cuja resistência é afetada pela perda das fibras de contração rápida. (31) TERAPIA NUTRICIONAL NA DPOC O tratamento da DPOC inclui uma série de medidas, que vão desde as de caráter profilático até as destinadas à correção das alterações provocadas pela doença. Um programa terapêutico abrangente pode aliviar os sintomas, diminuir a freqüência das internações hospitalares, evitar a morte prematura e permitir aos pacientes uma vida mais ativa e satisfatória. A terapia nutricional na DPOC é muito importante devido ao seu grande impacto sobre a morbimortalidade da doença. Dados da literatura mostram que a desnutrição está associada a um elevado índice de mortalidade por DPOC, sendo o mesmo de 33% após o início do emagrecimento, chegando a 51% após cinco anos. (30) Um programa de reabilitação formal do paciente com DPOC empregando uma abordagem de equipe apresenta um resultado bastante eficiente. (32) Esse programa deve prever os itens considerados a seguir. Avaliação do estado nutricional na DPOC O objetivo da avaliação do estado nutricional de pacientes portadores de DPOC é identificar as alterações metabólicas e orgânicas que dependem da alimentação ou que podem ser atenuadas pelo tratamento dietoterápico adequado. Para avaliação do estado nutricional podem ser utilizados vários métodos, como: avaliação nutricional subjetiva global, avaliação do consumo alimentar, antropometria, composição corporal e dosagens bioquímicas. Um parâmetro isolado não caracteriza a condição nutricional geral de um indivíduo, sendo necessário empregar uma associação de vários indicadores do estado nutricional para aumentar a precisão do diagnóstico. Avaliação nutricional subjetiva global A triagem nutricional é um método de avaliação do estado nutricional de pacientes hospitalizados que pode ser realizado através do protocolo de avaliação nutricional subjetiva global. O objetivo da avaliação nutricional subjetiva global é identificar os pacientes que estão em situação de risco nutricional e, a partir daí, estabelecer qual o nível de atendimento nutricional será empregado (nível primário, secundário ou terciário). (33) Este método é muito útil porque possibilita a adoção de medidas que visam a evitar que o paciente apresente piora do quadro nutricional ou desenvolva algum tipo de desnutrição durante o período de hospitalização. Avaliação do consumo alimentar A anamnese alimentar é um método de avaliação que permite prever ou estimar o estado nutricional do paciente através da análise qualitativa e quantitativa do consumo alimentar. Consiste na obtenção de informações sobre o consumo e os hábitos alimentares individuais que possibilitam um diagnóstico da história pregressa e atual, hábitos e práticas alimentares, intolerâncias, aceitação e tabus alimentares, além de orientar na prescrição dietoterápica mais adequada para cada caso. (34-35) Na avaliação do consumo alimentar do paciente com DPOC podem ser utilizados o método do recordatório alimentar de 24 horas e o inquérito semiquantitativo de freqüência de consumo de alimentos. O recordatório alimentar de 24 horas traz informações detalhadas sobre o consumo atual, número e horário das refeições consumidas no dia anterior ao da entrevista. O inquérito semiquantitativo de freqüência de consumo alimentar traz uma listagem de diferentes alimentos, bem como a freqüência de consumo de cada um deles. Em um estudo foram avaliados dois grupos, sendo um de pacientes pulmonares e outro de indivíduos saudáveis. Os autores observaram, através da aplicação de recordatório alimentar de 24 horas, que ambos os grupos apresentavam uma maior freqüência no consumo de alimentos ricos em carboidratos, sendo, portanto, necessária a orientação desses indivíduos, especialmente os pneumopatas, quanto à importância de um consumo moderado dos alimentos ricos em carboidratos, dando preferência aos alimentos ricos em fibras. (36) Antropometria A antropometria é muito utilizada na avaliação do estado nutricional devido à sua fácil aplicabilidade, baixo custo e por ser um método não invasivo. (6) As medidas antropométricas mais utilizadas são o peso, a estatura, as pregas cutâneas e as circunferências. Devido à sua praticidade, o IMC – peso corporal (kg)/altura (m) 2 – tem sido utilizado como um bom indicador do estado nutricional. No entanto, este índice não retrata as diferenças individuais da composição corporal. De acordo com a literatura, o grau de gravidade das doenças pulmonares está associado com a diminuição do IMC, (37) sendo que o baixo IMC está relacionado com alto risco de mortalidade em pacientes com DPOC grave. Em um estudo com o objetivo de analisar os fatores que influenciam na qualidade de vida dos portadores de DPOC, foi observado que o IMC, de maneira independente, exerce influência significativa sobre a qualidade de vida desses pacientes. (38) O Nutrition Screening Initiative, a American Academy of Family Physicians e a American Dietetic Association sugeriram como pontos de corte para o IMC de pacientes com DPOC os seguintes valores: IMC entre 22 e 27 kg/m 2 para eutrofia, IMC < 22 kg/m 2 para desnutrição e IMC > 27 kg/m 2 para obesidade. (19-20) Alguns autores, em 2004, desenvolveram o índice BODE, que engloba quatro aspectos fundamentais da doença: massa corpórea (B de body mass index ), obstrução das vias aéreas (O de obstruction), dispnéia (D de dyspnea ) e capacidade de exercício (E de exercise ). O índice BODE é um índice preditor de mortalidade da DPOC, uma vez que associa os vários fatores que podem ser indicativos de mortalidade nesses pacientes. (37) O ponto de corte para o IMC utilizado no índice BODE é de 21 kg/m 2, uma vez que valores abaixo deste foram associados com um aumento no risco de morte. (37,39) O conhecimento das reservas corporais de gordura em pacientes com DPOC é de extrema importância, pois, na ausência dessas reservas, o organismo passa a mobilizar a sua própria reserva corporal de proteína, a fim de utilizá-la como fonte de energia. (6) A medida das pregas cutâneas constitui um método bastante conveniente para se estimar a reserva corporal de gordura. Em pacientes portadores de doenças crônicas, as medidas das pregas cutâneas podem ser úteis na avaliação das mudanças que ocorrem em longo prazo nas reservas de tecido adiposo subcutâneo. Através do somatório das pregas cutâneas tricipital, bicipital, subescapular e suprailíaca é possível calcular a composição corporal de um indivíduo. Metade da gordura corporal está localizada no tecido subcutâneo e, com o aumento da idade, aumenta também a deposição interna de gordura, tornando as medidas das pregas cutâneas não ideais para a avaliação de pacientes idosos. Entretanto, a medida da circunferência do braço reflete de maneira satisfatória a reserva protéica somática. (21) Esta informação merece atenção especial durante a avaliação do estado nutricional de pacientes idosos portadores de DPOC. A depleção de massa muscular é o principal fator responsável pelos efeitos negativos atribuídos à desnutrição. (40) As reservas musculares são mobilizadas para atender à demanda da síntese de proteínas nos pacientes com doenças crônicas, podendo levar a uma depleção muscular, o que representa um sério problema em pacientes com DPOC. A circunferência do braço é um parâmetro antropométrico de avaliação nutricional muito utilizado para estimar a proteína muscular esquelética total. Através da circunferência do braço e da prega cutânea tricipital é possível calcular a circunferência muscular e a área muscular do braço, que são bons instrumentos para indicar a depleção grave de massa muscular e de reserva de gordura. (17) Bioimpedância A técnica da impedância bioelétrica é uma técnica de medição das propriedades condutoras de um indivíduo com a finalidade de definir a composição corporal, o tipo, o volume e a distribuição de líquidos e tecidos. (41) A estimativa da composição corporal por bioimpedância tem sido muito usada devido à facilidade de sua aplicação e também por ser um método não invasivo. Os pacientes enfisematosos ( Pink Puffer ) geralmente apresentam menor porcentagem de gordura corporal e menor IMC que os pacientes com bronquite crônica ( Blue Bloater ) e os indivíduos normais. (42-43) A bioimpedância é um método de alta precisão na avaliação da composição corporal de pacientes com enfermidades crônicas. No entanto, é pouco sensível para predizer alterações da composição corporal em um curto período de tempo. (44) A literatura mostra também que a avaliação da composição corporal pelo método de bioimpedância é preferível em pacientes idosos portadores de DPOC quando comparada à avaliação da composição corporal através da utilização das pregas cutâneas. (6) Dosagens bioquímicas As dosagens bioquímicas são úteis na avaliação do estado nutricional de pacientes com DPOC e também contribuem para o monitoramento do tratamento nutricional. O índice creatinina/altura é utilizado na avaliação da diminuição da massa corporal magra em pacientes desnutridos portadores de DPOC. (30) A creatinina é um metabólito derivado da hidrólise não enzimática irreversível da creatina e da fosfocreatina, que é excretado pelos rins, sendo muito pouco reabsorvida pelo organismo. (45) O tamanho do pool protéico somático (muscular) do paciente é diretamente proporcional à quantidade de creatinina excretada, sendo que a excreção esperada em 24 horas está relacionada com a altura do paciente. (46) Desta forma, o índice creatinina/altura pode ser considerado um índice de massa muscular muito importante na avaliação do estado nutricional de pacientes com DPOC que apresentam depleção de massa muscular. As proteínas plasmáticas são proteínas de transporte sintetizadas pelo fígado e conhecidas como demarcadoras do estado protéico visceral. Dentre elas temos a albumina, a pré-albumina, a transferrina e a proteína transportadora do retinol. A dosagem de proteínas séricas, aliada a outros métodos de avaliação do estado nutricional, mostra-se muito útil na avaliação de pacientes com DPOC, contribuindo, principalmente, para o monitoramento do tratamento nutricional. A avaliação da competência imunológica também é muito importante, tendo em vista a relação evidente entre estado nutricional e imunidade. A avaliação da resposta imunológica através da contagem total de linfócitos e do teste de hipersensibilidade cutânea permite a identificação de alterações no estado nutricional, uma vez que se observa uma depleção na imunidade humoral e celular em pacientes desnutridos. (33) Conduta nutricional na DPOC Uma nutrição adequada em termos quantitativos e qualitativos é de fundamental importância no tratamento da DPOC. No Quadro 1 são sintetizados os principais objetivos da terapia nutricional na DPOC. Os pacientes portadores de DPOC podem ser divididos, de acordo com os resultados da avaliação do estado nutricional, em dois grupos. O primeiro grupo é constituído pelos pacientes que apresentam alto risco de complicações nutricionais devido à exacerbação da doença. Neste caso, a dietoterapia tem como objetivo evitar a desnutrição protéico-calórica, bem como suas conseqüências, através do fornecimento de uma alimentação adequada. No segundo grupo, temos aqueles pacientes que apresentam desnutrição associada ou não a uma falência respiratória. Neste grupo, o objetivo da dietoterapia é reverter o quadro de desnutrição através de uma alimentação que garanta a reposição de todos os macro e micronutrientes que se encontram deficientes. (30) A correção da desnutrição em pacientes com DPOC leva a uma melhora na função imunocelular, dos neutrófilos e do complemento, aumentando, assim, a defesa do organismo contra infecções. Observa-se também uma melhoria na função muscular respiratória e nas alterações da resposta ventilatória, além da normalização das forças de superfície em decorrência da normalização da taxa de fosfatidilcolina no tecido pulmonar e no líquido de lavagem alveolar. (30) Apesar de a desnutrição ser extremamente comum em pacientes com DPOC, constituindo um indicador de mau prognóstico, é importante reconhecê-la como um fator de risco independente, uma vez que pode ser potencialmente modificada através de um tratamento dietoterápico adequado e eficaz. Cálculo das necessidades energéticas O cálculo das necessidades energéticas de um paciente hospitalizado portador de DPOC é feito a partir de fórmulas que estimam o seu gasto energético. O ideal seria calcular as necessidades energéticas do paciente através da utilização da calorimetria direta e/ou indireta, mas, como a maioria dos hospitais não dispõe destes serviços, faz-se necessário o uso de fórmulas que estimem esta informação. (30) O cálculo das necessidades energéticas pode ser obtido através da equação de Harris-Benedict (1919). De acordo com Harris-Benedict, a taxa de metabolismo basal é calculada a partir do sexo, peso (kg), altura (cm) e idade (anos) do paciente. O cálculo do gasto energético total é realizado determinando-se a taxa de metabolismo basal, de acordo com Harris-Benedict, e multiplicando-a pelo fator atividade física e pelo fator injúria. (47) Tendo sido determinadas as necessidades calóricas para o paciente com DPOC, parte-se para a determinação da distribuição dos nutrientes na dieta, adequando-se a ingestão à demanda. Distribuição dos nutrientes na dieta A oferta de calorias sob a forma de proteínas deve corresponder a 20% do gasto energético total do paciente, sendo os outros 80% distribuídos na forma de carboidratos e lipídeos. Uma oferta adequada de calorias não protéicas evita que a proteína ingerida seja consumida pelo organismo como fonte de energia. (30) Recomenda-se uma dieta hiperprotéica para os pacientes com DPOC a fim de se restaurar a força pulmonar e muscular e promover melhoria na função imunológica, devendo o valor de proteínas situar-se na faixa de 1 a 1,5 g/kg de peso/dia. Contudo, o excesso de proteínas na dieta deve ser evitado. Dietas com um teor protéico muito elevado podem resultar em dispnéia aumentada em pacientes com impulso respiratório aumentado e/ou em pacientes com reserva respiratória marginal. Além disto, dietas contendo proteínas com alto teor de aminoácidos ramificados (valina, leucina e isoleucina) também devem ser evitadas, pois podem estimular o centro respiratório e provocar o aumento do trabalho respiratório, podendo induzir a fadiga muscular. (30) A quantidade recomendada de carboidratos para pacientes com DPOC situa-se na faixa de 50% a 60% do gasto energético total do paciente. Uma oferta de carboidratos além da necessária leva a lipogênese, resultando na produção de um excesso de dióxido de carbono e podendo levar também a esteatose hepática. Durante a lipogênese observa-se um aumento do quociente respiratório, portanto mais dióxido de carbono será produzido e, conseqüentemente haverá a necessidade de se aumentar a freqüência respiratória para que o pulmão consiga eliminar este excesso de dióxido de carbono, o que pode resultar em insuficiência respiratória. (6,30) A superalimentação também pode resultar em lipogênese, levando a um aumento da produção de dióxido de carbono e, conseqüentemente, a dificuldades na eliminação do mesmo. Estudos sugerem que o total de calorias fornecido pela dieta influencia mais claramente a produção de dióxido de carbono que a quantidade de carboidratos oferecida. (47) Para alguns autores, (6) a quantidade recomendada de lipídeos para pacientes com DPOC situa-se entre 25% e 30% do gasto energético total calculado. No entanto, outros (30) recomendam, na vigência de insuficiência respiratória, que a quantidade de lipídeos utilizada esteja na faixa de 30% a 50% das necessidades do paciente. A administração excessiva de lipídeos pode estar associada à diminuição da capacidade de difusão pulmonar, além de hipertrigliceridemia, principalmente na presença de hipercatabolismo e septicemia. A redução dos níveis de carnitina pode ser responsável pela disfunção no metabolismo dos lipídeos, resultando no aumento dos triglicerídeos. (30) Estudos mostram que a suplementação de L-carnitina associada ao treinamento físico pode proporcionar maior tolerância ao exercício em pacientes com DPOC. (48) Desta forma, a oferta excessiva de lipídeos deve ser evitada. O tabagismo constitui o fator mais importante que leva ao desenvolvimento da DPOC. No enfisema, observa-se um excesso de proteases que causam a destruição da elastina e da matriz colágena, que sustentam a arquitetura pulmonar. O fumo leva a um influxo de neutrófilos para dentro do pulmão e à liberação de elastase, dentre outras proteases. Além disso, os oxidantes liberados pelas células inflamatórias ativadas, juntamente com aqueles liberados pela fumaça do cigarro, prejudicam a ação das antiproteases endógenas. Os antioxidantes encontrados naturalmente no trato respiratório inferior (superóxido dismutase, catalase e glutationa), juntamente com a ceruloplasmina, cobre, metionina sulfóxido, retinóis e vitaminas E e C, atuam protegendo o organismo contra a ação desses agentes oxidantes. (27) Desta forma, acredita-se que antioxidantes dietéticos como vitamina C e retinóis (49) podem limitar a destruição do tecido pulmonar por proteases e proteger o organismo contra o desenvolvimento da DPOC. Deficiências eletrolíticas tais como hipocalemia, hipocalcemia, hipomagnesemia e hipofosfatemia podem afetar a função respiratória em pacientes portadores de DPOC, de modo que a restauração de concentrações eletrolíticas intracelulares normais pode levar a melhora na força muscular. A deficiência de fosfato leva a uma diminuição de 2,3 difosfoglicerato nas hemácias, resultando na diminuição da hemoglobina oxigenada e, conseqüentemente, na diminuição da oferta de oxigênio aos tecidos, o que leva a uma falência respiratória iatrogênica hipofosfatêmica, de modo que se faz necessária a reposição adequada de fosfato inorgânico em pacientes com DPOC. (22) A osteoporose é um achado comum em pacientes com DPOC avançada e leva ao aumento da suscetibilidade a fraturas, debilitando ainda mais esses pacientes. O uso de glicocorticóides, a deficiência de vitamina D, o tabagismo, o baixo IMC e o estilo de vida sedentário estão envolvidos na etiologia da osteoporose. A suplementação de cálcio e vitamina D nesses pacientes tem-se mostrado bastante eficiente, principalmente quando se encontram em corticoterapia. (50) Adaptações dietéticas na DPOC A dieta para portadores de DPOC deve apresentar a consistência adaptada às condições fisiológicas de cada paciente. Deve-se observar se o paciente apresenta problemas dentários, que impedem a mastigação adequada dos alimentos e/ou dispnéia, que dificulta o consumo dos alimentos. Nestes casos, faz-se necessária a implementação de uma dieta branda ou pastosa. A dieta deve ser bem fracionada, procurando-se oferecer ao paciente entre cinco e seis refeições diárias, com um volume menor. Refeições volumosas podem causar fadiga nos pacientes com DPOC e, além disso, podem limitar o consumo de alimentos devido à anorexia. A DPOC é uma doença que acomete, na grande maioria dos casos, indivíduos com idade mais avançada. Uma das modificações fisiológicas que ocorrem com o envelhecimento é a diminuição da espessura de tecidos da mucosa da boca e da língua, que adquirem aparência mais lisa e fina. Desta forma, ocorre um aumento da sensibilidade térmica na mucosa oral, o que torna estes pacientes mais intolerantes a alimentos com temperaturas extremas. Recomenda-se para estes pacientes que os alimentos sejam servidos em temperaturas mais amenas, a fim de se evitar danos na mucosa oral. A xerostomia é um sintoma muito comum em idosos e que também pode ocorrer em virtude do uso de alguns medicamentos (como antidepressivos, anti-hipertensivos e broncodilatadores), (51) podendo levar a dificuldades na mastigação, deglutição e digestão dos alimentos. Portanto, sua presença também deve ser considerada durante a escolha de uma consistência mais adequada para os alimentos. Alguns autores (52) recomendam algumas orientações para pacientes com DPOC a fim de evitar a diminuição do consumo alimentar, sintetizadas na adaptação mostrada no Quadro 2, Suporte nutricional Nos casos em que não é possível suprir todas as necessidades nutricionais de um paciente somente através da alimentação convencional, faz-se necessária a implementação do suporte nutricional, que pode se dar através de terapia nutricional oral, enteral ou parenteral. Quando a via digestiva pode ser utilizada sem limitações ou riscos para o paciente, deve-se dar preferência à utilização de suplementos nutricionais por via oral, pelo fato de ser esta via a mais fisiológica de todas. (47) No entanto, quando este método não se mostra eficaz, ou quando o paciente apresenta disfagia ou até mesmo se nega a ingerir alimentos por via oral, deve-se optar pela terapia com nutrição enteral. (53) No entanto, quando há impossibilidade de utilização do trato gastrintestinal ou quando há uma contra-indicação de nutrição enteral faz-se necessária a implementação da terapia de nutrição parenteral. Na nutrição parenteral temos a infusão pela via intravenosa de uma solução estéril de nutrientes, preparada de acordo com as características de cada paciente, por meio de um acesso venoso que pode ser periférico ou central, de modo que o trato digestivo fica completamente excluído do processo. (54) A inclusão dos imunonutrientes na terapia nutricional faz-se necessária devido ao estado hipermetabólico e à desnutrição preexistente, que produzem uma imunossupressão no paciente portador de DPOC. A utilização desses imunonutrientes visa ao aumento da produção dos mediadores inflamatórios menos potentes e redução daqueles altamente inflamatórios, bem como a minimização da produção de radicais livres e a modulação da resposta inflamatória generalizada. Desta forma, deve-se oferecer ao paciente uma dieta enriquecida com: lipídeos, como os ácidos graxos de cadeia curta, o ômega 3 e os ácidos gamalinolênico e eicosapentanóico; aminoácidos, como glutamina, glicina, cisteína e arginina; nucleotídeos e oligoelementos como cobre, zinco e selênio. (22,55) Hidratação A reposição das necessidades hídricas do paciente deve ser calculada de maneira individual, respeitando-se fatores importantes como idade e possíveis condições clínicas associadas. Os pacientes portadores de DPOC precisam ser devidamente hidratados pelo fato de produzirem uma grande quantidade de muco. A hidratação adequada fluidifica as secreções, uma vez que a água diminui a viscosidade, facilitando sua expulsão. (19) CONSIDERAÇÕES FINAIS A prevalência da DPOC vem aumentando muito nas últimas décadas, com considerável impacto econômico e social. Vários estudos vêm demonstrando a importância da terapia nutricional na melhoria do quadro clínico desses pacientes. O tratamento da desnutrição e de outras complicações nutricionais associadas à DPOC é fundamental na evolução do quadro e na melhoria da qualidade de vida do paciente. A terapia nutricional individualizada é muito importante e deve ser instituída o mais precocemente possível, a fim de proporcionar ao paciente uma melhoria do estado nutricional, da função imunológica, da função muscular respiratória e da tolerância ao exercício. Endereço para correspondência: Amanda Carla Fernandes Rua das Andorinhas, 364, Bairro Laranjeiras CEP: 32666-160, Betim, MG, Brasil Tel: 55 31 8833-0502 Email: Recebido para publicação em 5/6/05. Aprovado, após revisão, em 6/3/06 * Trabalho realizado na Escola de Nutrição da Universidade Federal de Ouro Preto – UFOP – Ouro Preto (MG) – Brasil. Endereço para correspondência: Amanda Carla Fernandes Rua das Andorinhas, 364, Bairro Laranjeiras CEP: 32666-160, Betim, MG, Brasil Tel: 55 31 8833-0502 Email: [email protected] * Trabalho realizado na Escola de Nutrição da Universidade Federal de Ouro Preto – UFOP – Ouro Preto (MG) – Brasil.
Quem tem DPOC pode fazer caminhada?
Pacientes com DPOC não só podem como devem praticar atividade física. Este hábito é indicado no tratamento tanto da DPOC quanto da asma, pois ajuda a controlar os sintomas envolvidos – especialmente a falta de ar e dificuldade de respiração.
Qual melhor exercício para quem tem DPOC?
Natação e hidroterapia são boas opções de atividades. Para quem convive com a DPOC, sintomas como falta de ar, fadiga, pigarro na garganta e tosse, são comuns, mas isso pode melhorar com a prática de exercícios físicos adequados.
O que é bom comer para fortalecer o pulmão?
Quais são alguns alimentos bons para o pulmão? – Os principais alimentos para fortalecer o pulmão são: beterraba, abóbora, tomate, maçã e vegetais folhosos, como espinafre e couve. Além dessas, outras comidas boas para o pulmão são: chá verde, laranja, azeite, pimenta e gengibre.
Como é a tosse do DPOC?
A doença pulmonar obstrutiva crônica é o estreitamento (bloqueio ou obstrução) persistente das vias aéreas, que ocorre com enfisema, bronquite obstrutiva crônica ou ambos os distúrbios.
O tabagismo é a causa mais importante da doença pulmonar obstrutiva crônica. As pessoas desenvolvem tosse e, então, começam a sentir falta de ar. O diagnóstico é feito com radiografia do tórax e testes de função pulmonar. Parar de fumar e tomar medicamentos que ajudam a manter as vias aéreas abertas é importante. As pessoas que têm doenças graves podem precisar tomar outros medicamentos, usar oxigênio, fazer reabilitação pulmonar ou, raramente, cirurgia para redução do volume pulmonar.
Nos Estados Unidos, cerca de 16 milhões de pessoas têm doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). Ela é a causa mais comum de morte, respondendo por mais de 150.000 mortes a cada ano. Globalmente, o número de pessoas com DPOC está aumentando. Os fatores que contribuem para a DPOC incluem o aumento do tabagismo em muitos países e, em todo o mundo, a exposição a toxinas presentes em combustíveis de biomassa, como madeira e gramíneas.
As taxas de mortalidade podem estar aumentando em países com assistência médica deficiente. Em 2030, prevê-se que a DPOC se torne a terceira maior causa de morte no mundo. A DPOC leva a uma diminuição persistente da taxa de fluxo de ar dos pulmões quando a pessoa expira (exala), um quadro clínico conhecido como obstrução crônica do fluxo aéreo.
A DPOC inclui o diagnóstico de bronquite obstrutiva crônica e enfisema. Muitas pessoas têm ambos os distúrbios.
A bronquite crônica é definida como tosse que produz catarro por pelo menos três meses, durante dois anos consecutivos. Quando a bronquite crônica envolve obstrução do fluxo aéreo, ela se qualifica como bronquite obstrutiva crônica. Enfisema é definido como a destruição generalizada e irreversível das paredes alveolares (as células que suportam os sacos de ar, ou alvéolos, que compõem os pulmões) e alargamento de muitos dos alvéolos.
As vias aéreas de pequenas dimensões (bronquíolos) dos pulmões contêm músculos lisos e normalmente são mantidas abertas por sua ligação às paredes alveolares. No enfisema, a destruição das ligações da parede alveolar resulta em colapso dos bronquíolos quando a pessoa expira, causando obstrução do fluxo de ar permanente e irreversível.
Na bronquite crônica, as glândulas que revestem as vias aéreas de grandes dimensões (brônquios) dos pulmões se expandem e aumentam sua secreção de muco. Desenvolve-se inflamação dos bronquíolos, que faz com que os músculos lisos no tecido pulmonar sofram contrações (espasmos), obstruindo ainda mais o fluxo de ar.
A inflamação também causa inchaço das passagens das vias aéreas e secreções nas mesmas, limitando ainda mais o fluxo de ar. Subsequentemente, as vias aéreas de pequenas dimensões nos pulmões tornam-se estreitadas e destruídas. A asma Asma A asma é um quadro clínico em que as vias aéreas se estreitam, geralmente de forma reversível, em resposta a certos estímulos. também é caracterizada por obstrução ao fluxo aéreo. No entanto, ao contrário da obstrução ao fluxo aéreo na DPOC, a obstrução ao fluxo aéreo na asma é completamente reversível na maioria das pessoas, seja espontaneamente ou com tratamento. A pandemia da COVID-19 representou um risco específico para pessoas com DPOC.
Ter DPOC aumentou o risco de uma pessoa ser hospitalizada ou morrer de COVID-19. No entanto, em geral, pessoas com DPOC foram hospitalizadas com menor frequência durante a pandemia da COVID-19 do que antes. Acredita-se que o aumento das precauções contra infecções respiratórias (por exemplo, máscaras e distanciamento social) seja o motivo pelo qual as pessoas com DPOC foram menos hospitalizadas.
Além disso, pessoas com sintomas, como uma exacerbação aguda da DPOC, podem ter evitado o pronto-socorro local por medo de contrair COVID-19. A principal causa da DPOC é Apenas cerca de 15% dos fumantes desenvolvem DPOC. Com o envelhecimento, fumantes de cigarro suscetíveis perdem a função pulmonar mais rapidamente do que os não fumantes.
- A função pulmonar melhora apenas um pouco se as pessoas param de fumar.
- No entanto, a taxa de declínio da função pulmonar retorna ao de não fumantes quando as pessoas param de fumar, retardando, assim, o desenvolvimento e a progressão dos sintomas.
- Fumantes de cachimbo e charuto desenvolvem DPOC com mais frequência do que não fumantes, mas não tão frequentemente quanto fumantes de cigarros.
Não está claro se fumar maconha contribui para a DPOC. A DPOC tende a ocorrer com mais frequência em algumas famílias, portanto, pode haver uma tendência hereditária em algumas pessoas. A DPOC leva anos para se desenvolver e progredir. Em pessoas com DPOC, uma leve tosse com expectoração de catarro transparente se desenvolve quando a pessoa chega aos 40 ou 50 anos.
A tosse e a expectoração de catarro são geralmente piores logo quando a pessoa levanta da cama pela manhã. A tosse e a expectoração de catarro podem persistir durante todo o dia. No momento em que as pessoas com DPOC chegam na faixa dos 60 anos, especialmente se continuarem fumando, a falta de ar durante o esforço se torna mais problemática.
Cerca de um terço das pessoas com DPOC grave apresentam perda de peso grave. A causa da perda de peso não é clara e pode variar em diferentes pessoas. As possíveis causas incluem falta de ar, que faz com que comer seja difícil e aumenta os níveis sanguíneos de uma substância denominada fator de necrose tumoral.
Cefaleia matinal pode ocorrer porque a respiração diminui durante o sono, o que causa aumento da retenção de dióxido de carbono e diminuição dos níveis de oxigênio no sangue. Conforme a DPOC progride, algumas pessoas, especialmente aquelas que têm enfisema, desenvolvem padrões respiratórios anormais.
Algumas pessoas respiram através de lábios franzidos. Outras acham que é mais confortável ficar diante de uma mesa com seus braços estendidos e apoiar seu peso nas palmas das mãos ou cotovelos, uma manobra que melhora a função de alguns músculos respiratórios.
Uma crise (ou exacerbação) de DPOC é um agravamento de sintomas, geralmente tosse, aumento da produção de catarro e falta de ar. A cor do catarro muitas vezes muda para amarelo ou verde; às vezes, ocorrem febre e dores no corpo. A falta de ar pode estar presente quando a pessoa está em repouso e pode ser grave o suficiente para exigir a hospitalização.
Poluição intensa do ar, alérgenos comuns e infecções virais ou bacterianas podem causar crises. As pessoas com DPOC também têm risco aumentado de desenvolver anormalidades no ritmo cardíaco Considerações gerais sobre arritmias cardíacas Arritmias cardíacas são sequências de batimentos cardíacos irregulares, muito rápidos ou muito lentos, ou que percorrem o coração por vias anormais de condução elétrica. (arritmias). As pessoas com DPOC que fumam têm um risco maior de desenvolver câncer de pulmão Câncer de pulmão O câncer de pulmão é a principal causa de morte por câncer, tanto em homens como em mulheres. Cerca de 85% dos casos estão relacionados ao tabagismo. Um sintoma comum é a tosse persistente ou. leia mais do que as pessoas que não têm DPOC, mas fumam a mesma quantidade. As pessoas com DPOC parecem ter um risco aumentado de desenvolver osteoporose Osteoporose A osteoporose é um quadro clínico em que uma redução da densidade dos ossos enfraquece os ossos, tornando-os suscetíveis a quebra (fraturas). O envelhecimento, a deficiência de estrogênio, o. leia mais, depressão Depressão Uma breve discussão sobre o transtorno do luto persistente. A depressão é um sentimento de tristeza e/ou diminuição do interesse ou prazer em realizar atividades que se torna um transtorno quando. leia mais, doença arterial coronariana Considerações gerais sobre a doença arterial coronariana (DAC) A doença arterial coronariana é um quadro clínico no qual o suprimento de sangue para o músculo cardíaco é bloqueado parcial ou completamente., desgaste muscular (atrofia) e refluxo gastroesofágico Doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) Na doença do refluxo gastroesofágico o conteúdo estomacal, incluindo ácido e bile, retorna do estômago para o esôfago, o que provoca inflamação no esôfago e dores na parte inferior do tórax. leia mais, No entanto, não é claro se o risco é aumentado por causa da DPOC ou outros fatores.
Radiografias do tórax Testes de função pulmonar
Os médicos diagnosticam bronquite crônica com base no histórico da pessoa de tosse produtiva prolongada por pelo menos três meses, durante dois anos consecutivos, após a exclusão de outras causas de tosse crônica. O enfisema é diagnosticado com base em resultados observados durante um exame físico e nos resultados dos testes de função pulmonar.
- No entanto, no momento em que o médico perceber essas anormalidades, o enfisema está moderadamente grave.
- Os achados da radiografia ou tomografia computadorizada (TC) do tórax também podem ajudar no diagnóstico de enfisema e bronquite crônica algumas vezes.
- Não é importante que os médicos diferenciem entre bronquite crônica e enfisema e, frequentemente, a bronquite crônica e o enfisema ocorrem juntos na mesma pessoa.
O fator mais importante de como a pessoa se sente e atua é a gravidade da obstrução do fluxo de ar. Na DPOC leve, os médicos podem não encontrar nada anormal durante o exame físico. Conforme a doença progride, os médicos podem ouvir sibilos ou notar uma diminuição nos sons normais da respiração (diminuição dos sons respiratórios) quando escutam os pulmões com um estetoscópio.
- Os médicos podem notar que leva muito tempo para que a pessoa expire o ar que foi inspirado (expiração prolongada).
- O movimento do tórax durante a respiração diminui e a pessoa pode usar os músculos do pescoço e ombros para respirar.
- Na DPOC leve, a radiografia torácica geralmente é normal.
- Conforme a DPOC se agrava, a radiografia torácica indica que os pulmões contêm excesso de ar (superinflação dos pulmões).
A superinflação, o afinamento dos vasos sanguíneos ou a presença de cistos nos pulmões (chamados vesículas) sugerem a presença de enfisema. Eles podem fazer outros exames para detectar outras doenças que poderiam estar causando os sintomas da pessoa. Quando as pessoas têm uma exacerbação da DPOC, os médicos frequentemente usam medições dos gases no sangue para determinar a quantidade de oxigênio e dióxido de carbono presente no sangue da pessoa.
Parar de fumar Alívio dos sintomas (por exemplo, com medicamentos) Tratamento de suporte (por exemplo, reabilitação pulmonar, uma dieta nutritiva)
O tratamento mais importante para a DPOC é parar de fumar Cessação do tabagismo Embora frequentemente seja algo muito desafiador, parar de fumar é uma das coisas mais importantes que os fumantes podem fazer a favor de sua saúde. Parar de fumar traz benefícios para a saúde.
- Leia mais,
- Parar de fumar quando a obstrução do fluxo de ar é leve ou moderada, muitas vezes diminui a tosse, reduz a quantidade de catarro e retarda o desenvolvimento de falta de ar.
- Parar de fumar a qualquer momento durante o processo da doença fornece algum benefício.
- Tentar várias estratégias ao mesmo tempo tem mais chances de funcionar.
Entre essas estratégias estão o compromisso com uma data específica para parar de fumar, o uso de técnicas de modificação do comportamento (por exemplo, dificultar a obtenção de cigarros e recompensar-se por se abster por períodos cada vez mais longos), aconselhamento em grupo e sessões de apoio, bem como reposição de nicotina (por exemplo, mascar chiclete de nicotina, usar um adesivo de nicotina na pele ou usar um inalador de nicotina, pastilhas de nicotina ou spray nasal de nicotina).
- Os medicamentos vareniclina e bupropiona também podem ajudar a diminuir o desejo de fumar.
- No entanto, mesmo com os métodos mais eficazes, menos da metade das pessoas que tentam conseguem parar de fumar após um ano.
- As pessoas também devem tentar evitar a exposição a outras substâncias irritantes no ar, incluindo o fumo passivo e a poluição.
Como a DPOC pode causar perda de peso grave, as pessoas devem manter uma alimentação balanceada e nutritiva. O sibilo e a falta de ar são aliviados quando a obstrução ao fluxo aéreo diminui. Embora a obstrução do fluxo de ar devido a enfisema não seja reversível, os espasmos do músculo liso brônquico, a inflamação e o aumento das secreções são todos potencialmente reversíveis.
Medicamentos anticolinérgicos Medicamentos beta-adrenérgicos
Tanto anticolinérgicos quanto beta-adrenérgicos relaxam os músculos ao redor dos bronquíolos. Os medicamentos anticolinérgicos incluem ipratrópio, umeclidínio, aclidínio, revefenacina e tiotrópio. Ipratrópio é administrado aproximadamente quatro vezes por dia, aclidínio duas vezes por dia e tiotrópio, revefenacina e umeclidínio uma vez por dia.
Medicamentos beta-adrenérgicos de ação curta, como o albuterol, aliviam mais rapidamente a falta de ar do que os medicamentos anticolinérgicos e, por isso, podem ser mais úteis durante as crises. Salmeterol, formoterol, arformoterol, vilanterol, olodaterol e indacaterol são medicamentos beta-adrenérgicos de ação prolongada.
Salmeterol, arformoterol e formoterol são administrados a cada 12 horas. Indacaterol, olodaterol e vilanterol são administrados uma vez por dia. Umeclidínio e vilanterol estão disponíveis como formulação inalatória que combina ambos os medicamentos. Olodaterol também está disponível em combinação com tiotrópio.
- Medicamentos beta-adrenérgicos de longa duração são úteis para alívio prolongado dos sintomas em algumas pessoas, especialmente à noite, mas eles não devem ser usados para alívio rápido dos sintomas.
- Anticolinérgicos e medicamentos beta-adrenérgicos estão disponíveis combinados.
- Glicopirrolato é um medicamento anticolinérgico disponível em combinação com os medicamentos beta-adrenérgicos de ação prolongada, formoterol ou indacaterol.
Muitas pessoas podem usar inaladores de dose controlada de forma mais eficaz quando inalam o medicamento através de um dispositivo de administração chamado de espaçador (consulte Como utilizar um inalador de dose controlada Como utilizar um inalador de dose controlada ). Broncodilatadores inaláveis também podem ser administrados usando-se nebulizadores. Essa modalidade de tratamento deve ser reservada às pessoas que têm doença grave ou para aquelas que não podem usar um inalador de doses controladas corretamente. Um nebulizador cria uma névoa de medicamento e o momento de sua inalação não precisa ser coordenado com a respiração.
- Os nebulizadores são portáteis e algumas unidades podem até mesmo ser conectadas à entrada acessória do carro.
- Os corticosteroides são úteis para muitas pessoas com DPOC de moderada a grave cujos sintomas não podem ser controlados por outros medicamentos ou para aquelas que têm crises frequentes, apesar do uso de outros medicamentos.
Corticosteroides inaláveis não previnem o declínio da função pulmonar ao longo do tempo. No entanto, seu uso diminui os sintomas e a frequência das crises de DPOC. Como o medicamento é disponibilizado nos pulmões, as doses típicas de corticosteroides inaláveis provocam menos efeitos colaterais do que o tratamento com corticosteroides administrados por via oral.
No entanto, doses elevadas de corticosteroides inaláveis podem ter efeitos por todo o corpo, como agravamento de osteoporose Osteoporose A osteoporose é um quadro clínico em que uma redução da densidade dos ossos enfraquece os ossos, tornando-os suscetíveis a quebra (fraturas). O envelhecimento, a deficiência de estrogênio, o.
leia mais, particularmente em pessoas mais idosas. Os corticosteroides administrados por via oral são, em grande parte, restritos ao tratamento das crises de DPOC ou são administrados a pessoas que apresentam crises periódicas ou continuam a ter sintomas devido à obstrução do fluxo de ar e que não estão respondendo a um regime mais simples.
- Inibidores de fosfodiesterase 4, como roflumilaste, reduzem a inflamação e dilatam as vias aéreas.
- Inibidores de fosfodiesterase 4 podem ser usados em conjunto com outros broncodilatadores para reduzir o risco de crises de DPOC.
- Os efeitos colaterais comuns incluem náusea, cefaleia e perda de peso, mas esses efeitos podem diminuir com o uso contínuo do medicamento.
Tomar o antibiótico azitromicina ou eritromicina por períodos prolongados pode ajudar a prevenir as crises de DPOC, particularmente em pessoas propensas a crises frequentes ou graves e que não fumam. A teofilina é dada raramente, apenas para pessoas que não respondem a outros medicamentos.
- A dose deve ser cuidadosamente controlada pelo médico, e, em algumas pessoas, os níveis do medicamento no sangue devem ser medidos periodicamente.
- A forma de ação prolongada do medicamento permite dose única diária ou duas vezes por dia em muitas pessoas e ajuda a controlar a falta de ar durante a noite.
Os médicos costumavam administrar medicamentos (expectorantes) para ajudar a tornar as secreções menos espessas e torná-las mais fáceis de serem expectoradas. No entanto, não há evidências boas de que esses medicamentos funcionem. No entanto, evitar a desidratação pode evitar o espessamento das secreções.
Uma regra de ouro é beber bastante líquido para manter a urina clara, exceto a primeira expelida pela manhã. A oximetria de pulso é muitas vezes utilizada para monitorar sintomas. Coletar uma amostra de sangue de uma artéria ou veia e medir a quantidade de oxigênio e dióxido de carbono no sangue pode fornecer informações adicionais úteis no monitoramento da doença grave.
As crises devem ser tratadas o mais cedo possível. Quando se suspeita de infecção bacteriana, um curso de tratamento antibiótico de sete a dez dias é receitado normalmente. Muitos médicos dão às pessoas que têm DPOC um fornecimento de um antibiótico para ser mantido à mão e tomado no início de uma crise.
- Uma série de antibióticos podem ser tomados por via oral, incluindo trimetoprima/sulfametoxazol, doxiciclina, amoxicilina/clavulanato e ampicilina.
- Muitos médicos reservam certos antibióticos, como azitromicina, claritromicina e levofloxacino, para pessoas com infecções pulmonares mais graves, pessoas em quem o tratamento com os medicamentos mais antigos não funcionou, pessoas com sintomas graves e pessoas em risco de infecção com organismos que não são suscetíveis de serem eliminados pelos medicamentos antigos (bactérias resistentes).
Pessoas cujo sistema imunológico está deprimido ou aquelas que vivem em asilos são mais suscetíveis de ser infectadas com bactérias resistentes. Algumas pessoas com doença grave ou crises frequentes se beneficiam de tomar antibióticos em longo prazo. Os antibióticos administrados comumente incluem azitromicina, claritromicina ou eritromicina.
- No entanto, o uso de antibióticos em longo prazo pode não ser possível ou recomendado por causa dos efeitos colaterais incômodos ou porque o uso prolongado pode tornar as bactérias resistentes aos efeitos do antibiótico.
- Algumas pessoas com DPOC precisam receber oxigênio extra para manterem um nível de oxigênio suficiente no sangue.
Algumas pessoas precisam de oxigenoterapia por apenas um curto período de tempo, por exemplo, quando são liberadas de um hospital depois de uma crise de DPOC. A oxigenoterapia Oxigenoterapia Oxigenoterapia é um tratamento que fornece oxigênio extra aos pulmões quando o nível de oxigênio no sangue está muito baixo. de longa duração prolonga a vida das pessoas que têm DPOC avançada e níveis de oxigênio no sangue gravemente reduzidos. Embora a terapia em tempo integral seja melhor, o uso de oxigênio 12 horas por dia também tem alguns benefícios. Essa terapia reduz o excesso de hemácias causado por níveis baixos de oxigênio no sangue e ajuda a aliviar a cor pulmonale causada pela DPOC.
A oxigenoterapia também pode diminuir a falta de ar durante o exercício. Diferentes dispositivos estão disponíveis para oxigenoterapia. Concentradores de oxigênio acionados eletricamente são usados quando há tomadas elétricas disponíveis. Oxigênio comprimido está disponível em pequenos tanques que permitem que as pessoas saiam de suas casas por duas a seis horas.
Sistemas de oxigênio líquidos são mais caros, mas são preferíveis para pessoas ativas, pois permitem várias horas de distância do reservatório fonte. Concentradores de oxigênio portáteis acionados por bateria são uma outra opção e podem ser usados durante viagens em aviões comerciais.
- As pessoas nunca devem usar oxigenoterapia perto de chamas ou ao fumar.
- A reabilitação pulmonar Reabilitação pulmonar Reabilitação pulmonar é o uso de exercícios supervisionados, orientação, apoio e intervenção comportamental para melhorar o modo como as pessoas com doença pulmonar crônica funcionam na vida.
leia mais pode ajudar as pessoas que têm DPOC, mas não melhora a função pulmonar. Programas abrangem educação sobre a doença, exercícios e aconselhamento nutricional e psicossocial. Esses programas podem melhorar a independência e a qualidade de vida, diminuir a frequência e a duração das estadias hospitalares e melhorar a capacidade de exercício.
- Programas de exercícios podem ser realizados em uma instalação de tratamento ambulatorial ou em casa.
- Andar a pé (às vezes em uma esteira) é uma medida utilizada normalmente para exercitar as pernas.
- Às vezes, também são utilizadas medidas como andar de bicicleta ergométrica e subir escadas.
- Musculação é utilizada para os braços.
Muitas vezes, é recomendado oxigênio durante o exercício. Como acontece com qualquer programa de exercícios, os ganhos de condicionamento são rapidamente perdidos se a pessoa para de se exercitar. Técnicas especiais são ensinadas para diminuir a falta de ar durante as atividades, como cozinhar, fazer passatempos e atividade sexual.
Antitussígenos de venda livre geralmente não ajudam e não são recomendados. Algumas vezes, são usados opioides para aliviar acessos de tosse graves ou dor, mas estes devem ser evitados sempre que possível, pois podem causar sonolência e constipação, suprimir a tosse (o que pode causar infecção ou agravá-la) e, se usados regularmente, podem causar dependência ou vício.
A cirurgia de redução do volume pulmonar pode ser realizada em pessoas com enfisema grave nas porções superiores dos seus pulmões. O objetivo é melhorar a capacidade de praticar exercícios e a qualidade de vida. Nessa cirurgia, as partes dos pulmões mais afetadas são removidas, permitindo, assim, que as partes restantes dos pulmões e do diafragma funcionem melhor.
A melhora dura, pelo menos, vários anos. As pessoas são obrigadas a parar de fumar por pelo menos seis meses antes da cirurgia. Elas devem ser submetidas a um intenso programa de reabilitação para determinar se a função total pode ser significativamente melhorada sem cirurgia antes de a realizarem, pois esta acarreta um risco de morte de cerca de 5%.
Válvulas podem ser colocadas dentro de partes das vias aéreas para bloquear estas partes (chamada válvulas endobrônquicas). Fazer isso ajuda somente algumas pessoas com DPOC. Para implantar essas válvulas, o médico utiliza um tubo de visualização flexível.
A própria DPOC geralmente não causa a morte ou sintomas graves se a pessoa parar de fumar em uma época em que o fluxo de ar está apenas levemente obstruído. Continuar a fumar, no entanto, praticamente garante que os sintomas piorarão. Com obstrução moderada e grave, o prognóstico torna-se progressivamente pior.
Pessoas em estágios avançados de DPOC tendem a necessitar de ajuda considerável com assistência médica e atividades cotidianas. Elas podem, por exemplo, organizar-se para viver em um único andar de sua casa, comer várias pequenas refeições todos os dias ao invés de uma grande refeição e evitar o uso de sapatos que devem ser amarrados.
- A morte pode resultar de insuficiência respiratória, câncer de pulmão, doenças do coração (por exemplo, insuficiência cardíaca ou arritmias), pneumonia, pneumotórax ou bloqueio das artérias que irrigam os pulmões (embolia pulmonar).
- As pessoas com doença em estágio terminal que desenvolvem crises podem precisar de um tubo para respiração e ventilação mecânica.
A duração da ventilação mecânica pode ser prolongada e algumas pessoas permanecem dependentes de ventilador até a morte. É importante para as pessoas discutirem com seus médicos e entes queridos se desejam ou não esse tipo de terapia de suporte e fazê-la antes que ocorra uma crise.
COPD Foundation : Inclui informações sobre o diagnóstico e tratamento da DPOC e ferramentas de apoio às pessoas com DPOC e seus cuidadores
Quais os sinais e sintomas de exacerbação na DPOC Brainly?
Manejo dos sintomas e reconhecimento precoce das exacerbações da DPOC – Por se tratar de uma doença que afeta as vias respiratórias, os primeiros sintomas da DPOC são a dispneia (falta de ar) e a tosse – expectorante ou não. Outros sinais que podem aparecer, embora não tão comumente, são chiados, pressão no tórax e cansaço após atividades simples.
Conhecer os efeitos da DPOC e como eles atuam no organismo é fundamental para fazer o manejo dos sintomas e o reconhecimento precoce das exacerbações, ou seja, quadros de piora aguda que requerem tratamento adicional e, algumas vezes, urgente. Para fazer o controle adequado da DPOC, além de seguir as recomendações médicas e os tratamentos prescritos, conhecer a sua condição clínica é fundamental.
As alterações de sintomas da DPOC muitas vezes se manifestam de forma progressiva e aumentam com o passar dos dias. Por isso é importante o autoconhecimento, pois ele permite que você identifique essas mudanças de forma precoce e evite quadros graves e até mesmo internações.
Outro ponto importante para reconhecer e tratar exacerbações da DPOC é o acompanhamento especializado. Junto com um médico de confiança, você poderá montar um plano de ação com medidas a serem tomadas em caso de presença de alterações que possam indicar exacerbação da DPOC, O principal sintoma de uma exacerbação da DPOC é o aumento da dispneia, podendo ocorrer até mesmo em repouso.
Mas aumento do chiado e pressão no tórax, bem como tosse expectorante com secreções espessas, também podem indicar alterações significativas que merecem atenção. Por isso, estar sempre atento ao quadro clínico é essencial; e acionar o plano de ação ou um médico de confiança podem ser atitudes determinantes para um tratamento eficaz.
Quais os sinais e sintomas do enfisema pulmonar?
Enfisema Pulmonar Descrição: O enfisema pulmonar é uma doença degenerativa, que geralmente se desenvolve depois de muitos anos de agressão aos tecidos do pulmão devido ao cigarro e outras toxinas no ar. Causa: Fumar cigarro é a causa principal. Acredita-se também que a exposição à poluição atmosférica e inalação de fumaça de cigarro e detritos no trabalho sejam fatores que contribuem para enfisema pulmonar.
- Prevenção: Não fumar.
- Sintomas: O principal sintoma de enfisema é a falta de fôlego ou a sensação de não estar inalando ar suficiente.
- A pessoa pode visitar o médico inicialmente porque sentiu falta de ar durante uma atividade, mas à medida que a doença progride esse sintoma pode ficar presente todo o tempo.
Tosse, respiração difícil, e produção crônica de muco são outros sintomas comuns. Tratamento: Há várias opções de tratamento que podem ajudar pacientes com enfisema, porém o passo mais importante é parar de fumar. Ao parar de fumar quando as obstruções de fluxo de ar ainda são leves ou moderadas retarda-se o desenvolvimento da falta de ar incapacitante.
Porém, parar de fumar em qualquer ponto da doença é benéfico. Pessoas com enfisema pulmonar também devem evitar exposição a outros poluentes no ar. As opções de tratamento do enfisema pulmonar incluem: remédios broncodilatadores, anti-inflamatórios corticosteróides, terapia com oxigênio (suplemento de oxigênio complementar), cirurgia de redução dos pulmões, transplante de pulmão (devido aos riscos é viável apenas para um pequeno grupo de pacientes) e programa de exercícios físicos.
: Enfisema Pulmonar
Como diagnosticar a DPOC?
O diagnóstico baseia-se na história, no exame físico, na radiografia do tórax e nos testes de função pulmonar. O tratamento é com broncodilatadores, corticoides e, se necessário, oxigênio e antibióticos.
Como começa DPOC?
DPOC surge com falta de ar e tosse Falta de energia, aperto no peito e lábios azulados, condição chamada de cianose, também podem aparecer com o tempo. ‘Várias pessoas apresentam quadros repetidos de infecções respiratórias que são confundidas com pneumonia.