Contents
- 1 O que significa gliadina IgA reagente?
- 2 O que quer dizer IgA positivo?
- 3 Como interpretar o resultado do exame de glúten?
- 4 Como saber se tenho deficiência de IgA?
- 5 Qual a diferença entre doença celíaca e intolerância ao glúten?
- 6 O que é IgA no exame de sangue?
- 7 O que é o IgA?
O que significa gliadina IgA reagente?
Exames – Interpretação e Coleta Exame Sinônimo: Anticorpos anti glúten Seção: Imunologia Material: Soro Volume: 1 ml Método: Imunoensaio Enzimático. Rotina: Diária Prazo de entrega: 12 dias úteis Jejum: Sim, 8 horas. Interpretação: Usado para o diagnóstico de doença celíaca.
È um teste confiável para avaliação da doença celíaca assintomática em crianças pré-púberes com pequena estatura. A doença celíaca resulta da intolerância ao glúten, evidenciada pela atrofia da vilosidade do intestino, subseqüente a uma absorção ruim e uma nutrição deficiente. Os sintomas clássicos incluem: diarréia, perda de peso, dor e distensão abdominal, fadiga, ulceração oral, pequena estatura, puberdade tardia, artrites.Em doença celíaca, anticorpos IgG são mais sensíveis que os anticorpos IgA, mas este último (IgA) é mais específico que IgG.
Os níveis de anticorpos IgA decrescem com a dieta livre de glúten. Ensaio ( teste ) Especificidade Sensibilidade Anti gliadina IgG 78% 88% Anti gliadina IgA 86% 52% Anti endomísio 100% 100% Anti transglutaminase 98% 90-95%. Valores de Referência: Negativo : Indice inferior a 1,0 Indeterminado : Entre 1,0 e 1,4 Reagente : Indice superior a 1,4 OTA: A PESQUISA DE ANTICORPOS ANTI-GLIADINA IgA TEM MAIOR eSPECIFICIDADE NO DIAGNÓSTICO DE INTOLERÂNCIA AO GLÚTEN.
Como interpretar o exame de gliadina?
Valores de referência do exame Anti – Transglutaminase IgA Negativo: Inferior a 20,0 U; Fracamente Positivo: 20,0 a 30,0 U; Positivo: Superior a 30,0 U.
O que significa gliadina IgG não reagente?
IgM e IgG não reagentes – Um resultado IgM e IgG não reagentes sugere que você não entrou em contato com o antígeno responsável pela doença. No entanto, também pode sugerir que você está com a doença, mas os anticorpos ainda não foram produzidos em quantidade suficiente para serem detectados pelo teste.
Como saber se meu exame de glúten deu positivo?
Se positivo, a confirmação diagnóstica é feita após a normalização da mucosa depois de 12/24 meses de dieta sem glúten.
O que quer dizer IgA positivo?
Os exames de anticorpos envolvem a análise de uma amostra (geralmente sangue, soro ou plasma) para mostrar a presença de um anticorpo (exame qualitativo) ou para medir a quantidade de um anticorpo (exame quantitativo). Anticorpos são produzidos pelo sistema imunológico.
São proteínas (imunoglobulinas) que protegem as pessoas contra invasores microscópicos como vírus, bactérias, substâncias químicas e toxinas. Existem cinco classes diferentes de imunoglobulinas (IgM, IgG, IgE, IgA e IgD). As três imunoglobulinas investigadas com maior frequência em exames são IgM, IgG e IgE.
Os anticorpos IgM e IgG têm ação conjunta na proteção imediata e a longo prazo contra infecções. Os anticorpos IgE estão associados a alergias. Sorologia é o termo usado para definir os exames que identificam a presença de determinados anticorpos no nosso sangue.
- Os mais comuns são os exames sorológicos denominados IgG (imunoglobulina G) e IgM (imunoglobulina M).
- Ou seja, IgM positivo significa que a pessoa possui anticorpos do tipo imunoglobulina M, e daí se deduz que ela já foi exposta e está na fase ativa da doença havendo a possibilidade do microrganismo estar circulando no paciente naquele momento.
Um resultado positivo para IgG pode indicar que a pessoa está na fase crônica e/ou convalescente ou já teve contato com a doença em algum momento da vida e, portanto, para algumas doenças, esses anticorpos funcionam como uma proteção em caso de novo contato com o microrganismo.
- A maioria dos testes rápidos de Bio-Manguinhos estão na plataforma de duplo percurso (DPP® – Dual Path Plataform).
- A tecnologia empregada nesses testes é uma evolução do teste rápido de fluxo lateral.
- Esta evolução tecnológica garante a ampliação dos níveis de sensibilidade e especificidade ao separar o processo de ligação antígeno-anticorpo do processo de revelação e, além disso, possibilita o desenvolvimento de testes multiplex com resultados altamente confiáveis.
Adicionalmente, esta plataforma também permite a detecção na mesma amostra, de forma simultaneamente e diferenciada dos parâmetros de IgM e IgG. É o caso do teste rápido para Chikungunya (TR DPP® Chikungunya IgM/IgG), teste rápido para dengue (TR DPP® Dengue IgM/IgG), teste rápido para Zika (TR DPP® Zika IgM/IgG) e do inovador teste rápido para Zika, Dengue e Chikungunya (TR DPP® ZDC IgM/IgG), que faz o diagnóstico das três doenças ao mesmo tempo.
Uma outra grande vantagem é a leitura eletrônica do resultado por meio de um equipamento de pequeno porte chamado micro leitor. Com a utilização do micro leitor, é eliminada a subjetividade de leitura e diminui a possibilidade de erro humano, além de possibilitar o registro automático e tratamento dos dados em computador, que pode ser incorporado ao leitor.
Confira a s eção especial sobre o novo coronavírus no site de Bio-Manguinhos, Jornalista: Gabriella Ponte
Como interpretar o resultado do exame de glúten?
‘O exame de estudo molecular DQ2 e DQ8, quando apresenta um resultado negativo praticamente exclui a doença celíaca. É um exame excludente, mas não dá para fazer apenas ele porque com os demais o médico consegue ter um novo diagnóstico. E mesmo que ele dê positivo, não é conclusivo para o diagnóstico também’, explica.
O que é IgA no exame de sangue?
A IgA representa 10 a 15 % das imunoglobulinas totais e predomina nos líquidos e secreções, como lágrimas, colostro, leite, secreções traqueobrônquicas, nasais e gastrointestinais. Sua estrutura pode variar, dando origem a duas subclasses: IgA1 e IgA2, a primeira mais encontrada no soro.
O que significa gliadina?
A Gliadina, solúvel em solução alcoólica (etanol 70%), é uma proteína monomérica responsável pela extensibilidade de glúten, ficando dispersa entre a glutenina, desenvolvendo um filme elástico forte envolvendo os grânulos de amido. Possui peso molecular (entre 25000 e 100000 U) por exibir apenas ligações dissulfeto (pontes de sulfeto) intramoleculares, o que resulta no seu baixo poder elástico.
O que é o IgA?
A imunoglobulina A (IgA) é uma classe de anticorpos encontrado na saliva, lágrimas, secreções respiratórias e gástricas, além do leite materno. É o principal anticorpo que fornece proteção contra infecções nas áreas mucosas.
O que significa resultado reagente e valor de referência não reagente?
Interpretação do Exame de antígeno para COVID-19 – Assim como o teste RT-PCR, o exame de antígeno também é feito com um swab nasofaríngeo, que nada mais é do que um cotonete mais longo. Sua realização geralmente é feita em laboratórios ou farmácias, uma vez que a coleta da amostra de nasofaringe precisa de um profissional habilitado.
Não Reagente (Negativo): O resultado indica que não foi detectada a presença de antígenos do vírus SARS-CoV-2 na amostra analisada. Sugere ausência de infecção por coronavírus.
Laudo Hilab para exame de antígeno negativo Se a suspeita persistir, é necessário realizar o exame novamente. Falsos negativos são possíveis, principalmente se a quantidade de antígenos presentes na amostra for inferior ao limite de detecção do teste.
Reagente (Positivo): O resultado indica a presença de antígenos do vírus SARS-CoV-2 na amostra analisada. Sugere infecção pelo coronavírus. É necessário adotar medidas para evitar a transmissão da COVID-19 para outras pessoas.
Laudo Hilab para exame de antígeno positivo Já no caso do autoteste, podem surgir três resultados possíveis. São eles:
Não reagente: Presença da linha controle (C). Indica que o exame funcionou e o resultado foi “negativo”. Reagente: Presença de duas linhas controle (C) e teste (T) na tira reagente. Significa que o resultado foi positivo. Inconclusivo: A tira fica limpa, sem nenhuma marcação, como na imagem a seguir. Neste caso, é necessário repetir o teste. O resultado também pode ser inconclusivo quando a tira fica borrada ou quando somente a linha teste aparece.
Vale destacar que o autoteste não é confirmatório, uma vez que o autoteste é uma triagem. Para o exame de antígeno que apresenta laudo pode-se considerar caso confirmado para COVID-19. O laudo pode ser usado em viagens e para afastamento do trabalho.
O que quer dizer IgG positivo e IgM negativo?
Por causa disso, se o resultado do exame detecta IgG reagente e IgM não-reagente, não é possível dizer há quanto tempo o paciente teve contato com o vírus, sequer se este contato foi recente ou antigo. Como o IgM é um exame que não traz informação útil, não é recomendada sua realização atualmente.
Para que serve o exame endomísio IgA e IgG?
Anticorpo anti-endomísio, IGA – O exame detecta anticorpos contra a camada de tecido conjuntivo que cobre a camada muscular do intestino. É importante considerar que a sorologia negativa não afasta o diagnóstico posterior. O diagnóstico de sensibilidade ao glúten, não celíaca, deve ser feito apenas após exclusão de DC.
Como fica a barriga de quem tem intolerância a glúten?
Um dos principais sinais da intolerância ao glúten se apresenta na região intestinal. É comum que o paciente, após consumir alimentos ricos em glúten, comece a sentir desconfortos como excesso na produção de gases, barriga inchada, dor, prisão de ventre e até mesmo diarreia.
Como saber se tenho deficiência de IgA?
Sinais e sintomas da deficiência seletiva de IgA – A maioria dos pacientes com deficiência seletiva de IgA é assintomática; outros apresentam infecções sinopulmonares recorrentes, diarreia, alergias (p. ex., asma e pólipos nasais associados) ou doenças autoimunes (p. ex., doença celíaca ou inflamatória intestinal, lúpus eritematoso sistêmico ou hepatite crônica ativa).
Medição dos níveis séricos de Ig A medição da resposta de anticorpos a antígenos de vacina
Pacientes suspeitos devem passar por medição dos níveis de imunoglobulina; confirma-se o diagnóstico pelo nível sérico de IgA < 7 mg/dL (< 70 mg/L, 0,4375 micromol/litro) com níveis normais de IgG e IgM. Medem-se os títulos de anticorpos IgG antes e depois da administração dos antígenos da vacina; os pacientes devem ter aumento normal nos títulos de anticorpos (aumento ≥ 2 vezes nos títulos em 2 a 3 semanas). Testar familiares não é recomendado porque a maior parte dos pacientes com IgA baixa não tem manifestações clinicamente significativas. No entanto, deve-se testar os pacientes com história de reações relacionadas com transfusões à procura de deficiência de IgA, particularmente se tiverem um familiar com essa deficiência. Poucos pacientes com deficiência de IgA desenvolvem imunodeficiência variável comumcom o tempo; outros melhoram espontaneamente. O prognóstico é pior se houver desenvolvimento de doença autoimune.
Antibióticos conforme necessário para tratamento e, em casos graves, para profilaxia Evitar produtos sanguíneos que contenham IgA
As manifestações alérgicas são tratadas. Devem ser administrados antibióticos, quando necessário, em casos de infecções bacterianas das orelhas, dos seios ósseos, pulmões, trato gastrintestinal, ou trato geniturinário. Em casos graves, administram-se antibióticos profilaticamente.
- Como a terapia de reposição de imunoglobulinas contém principalmente IgG e quantidades mínimas de IgA, os pacientes com deficiência de IgA não se beneficiam dela.
- Entretanto, há ainda algum risco de sensibilizar os pacientes em relação ao IgA ou desencadear uma reação anafilática naqueles que anteriormente desenvolveram anticorpos anti-IgA.
Raramente, se os pacientes não têm uma resposta de anticorpos às vacinas e se antibióticos profiláticos são ineficazes na prevenção de infecção, pode-se experimentar preparações de imunoglobulinas especialmente formuladas contendo níveis extremamente baixos de IgA.
- Estas podem ser relativamente eficazes.
- Evitam-se hemoprodutos que contêm IgA em pacientes com deficiência de IgA porque a IgA pode desencadear uma reação anafilática mediada pelo anti-IgA.
- Se houver necessidade de transfusão de eritrócitos, apenas os eritrócitos lavados ou concentrados podem ser usados.
Se forem necessários outros componentes sanguíneos, eles devem ser deficientes em IgA e os componentes celulares devem ser lavados. Os pacientes com deficiência seletiva de IgA são orientados a usar um bracelete de identificação, prevenindo assim a administração inadvertida de imunoglobulinas, o que pode causar anafilaxia.
Deficiência seletiva de IgA é a imunodeficiência primária mais comum. Os pacientes podem ser assintomáticos, ter infecções recorrentes ou doenças autoimunes; alguns desenvolvem imunodeficiência variável comum ao longo do tempo, mas em outros, a deficiência seletiva de IgA desaparece espontaneamente. Suspeitar de deficiência seletiva de IgA se os pacientes têm reações anafiláticas a transfusões, tomam fármacos que levam à deficiência de IgA ou apresentam infecções recorrentes ou uma história familiar sugestiva. Confirmar o diagnóstico medindo os níveis de Ig e os títulos de anticorpos após a administração de vacinas; um nível de IgA < 7 mg/dL (< 70 mg/L) e níveis normais de IgG e IgM e títulos de anticorpos são diagnósticos. Administrar antibióticos quando necessário e, em casos graves, profilaticamente. Evitar administrar aos pacientes hemoderivados ou imunoglobulina que contêm quantidades mais que mínimas de IgA.
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O que a falta de IgA pode causar?
Selective deficiency of IgA: case series – Bruna Piassi Guaitolini 1 ; Priscilla Filippo Alvim de Minas Santos 2 ; Davisson do Sacramento de Lucena Tavares 3 RESUMO INTRODUÇÃO: A deficiência seletiva de IgA é a imunodeficiência primária mais comum, com uma prevalência de 1/600 em caucasianos. Embora, a maioria dos indivíduos afetados sejam assintomáticos, pacientes sintomáticos podem apresentar infecções recorrentes, doenças alérgicas, autoimunes e neoplasias. OBJETIVO: Relatar série de casos de pacientes com deficiência de IgA. MÉTODOS: Revisão de prontuários de crianças e adolescentes com diagnóstico confirmado de deficiência seletiva de IgA, atendidas em centro de referência em asma, em hospital pediátrico no Rio de Janeiro, nos últimos 3 anos. RESULTADOS: Foram avaliados quatro pacientes com deficiência seletiva de IgA. A idade média foi de 12 anos, sendo dois do gênero masculino. Todos apresentavam rinite/asma. Além de história familiar positiva para atopia, IgE total alta, eosinofilia no sangue periférico, com níveis séricos de IgA < 7 mg/dL, IgG e IgM normais e EPF negativo. Nenhum paciente apresentava doenças autoimunes, neoplasias, história de imunodeficiência familiar nem consanguinidade entre os pais. Dois pacientes relataram história de doenças autoimunes, um de neoplasia na família. Infecções recorrentes foram encontradas em dois pacientes. No momento, todos estão em uso de corticosteroide nasal, um paciente em uso de corticoestedóide inalatório oral e um, usando broncodilatador associado com corticosteroide inalatório oral com controle dos sintomas respiratórios e infecciosos. CONCLUSÃO: Apesar da evolução da deficiência de IgA ser geralmente benigna, os pacientes devem ser acompanhados regularmente, pois podem apresentar quadros infecciosos recorrentes e alérgicos graves como foram observados nos pacientes estudados. Palavras-chave: Deficiência de IgA, Asma, Rinite. ABSTRACT INTRODUCTION: Selective IgA deficiency is the most common primary immunodeficiency, with a prevalence of 1/600 in Caucasians. Although most affected individuals are asymptomatic, symptomatic patients may present with recurrent infections, allergic diseases, autoimmune diseases and neoplasias. OBJECTIVE: To report a case series of patients with IgA deficiency. METHODS: Revision of medical records of children and adolescents with confirmed diagnosis of selective IgA deficiency, attended at the Reference center for asthma, at a pediatric hospital in Rio de Janeiro, during the last 3 years. RESULTS: Four patients with selective IgA deficiency were evaluated. The mean age was 12 years, with two males. All had rhinitis/asthma. In addition to positive family history for atopy, high total IgE, peripheral blood eosinophilia, with serum levels of IgA <7mg/dL, normal IgG and IgM, and EPF negative. No patient had autoimmune diseases, neoplasms, family immunodeficiency history or consanguinity between parents. Two patients reported a history of autoimmune diseases, one of neoplasia in the family. Recurrent infections were found in two patients. At the moment, all are in use of nasal corticosteroid, one patient using oral inhaled corticosteroid and one, using bronchodilator associated with oral inhaled corticosteroid with control of respiratory and infectious symptoms. CONCLUSION: Although the evolution of IgA deficiency is benign, patients should be regularly followed for recurrent and allergic infectious conditions as observed in the patients studied. Keywords: IgA Deficiency, Asthma, Rhinitis. INTRODUÇÃO Imunodeficiências primárias (IDP) são resultantes de anormalidades geneticamente determinadas do sistema imune levando primariamente ao aumento de incidência de infecções. A deficiência primária de anticorpos é a mais comum no grupo das imunodeficiências primárias, com amplo espectro de características clínicas, podendo variar de infecções recorrentes e graves até quadros assintomáticos 1, A deficiência seletiva de imunoglobulina A (IgA) é a mais frequente, com prevalência variável entre 1:143 a 1:18.500 (em caucasianos 1:600) 2, sendo estimada em 1:200 em pacientes com quadros alérgicos graves. A IgA é importante na imunidade das mucosas 3, O diagnóstico definitivo pode ser feito em indivíduos maiores de 4 anos de idade e com níveis séricos de IgA < 7 mg/dL na presença de concentrações séricas de imunoglobulina G (IgG) e imunoglobulina M (IgM) normais, quando outras causas de hipogamaglobulinemia foram excluídas e uma função intacta de células T 4,5, A deficiência parcial de IgA é definida em pacientes maiores de 4 anos com concentrações séricas abaixo de dois desvios-padrões da concentração normal para sua idade 6-8, OBJETIVO Relatar série de casos de pacientes com deficiência seletiva de IgA. MÉTODOS Série de casos de crianças e adolescentes atendidas em centro de referência em asma na cidade do Rio de Janeiro, no período de junho/2013 a agosto/2016. Foram analisados, retrospectivamente, os prontuários de pacientes com diagnóstico de deficiência seletiva de IgA primária (por meio de duas ou mais dosagens séricas de imunoglobulinas em todos os pacientes com quadros respiratórios graves e/ou infecções recorrentes). Por ser um centro de referência em asma, com pacientes mais graves, fazemos rotineiramente a dosagem de imunoglobulinas (IgA, IgM, IgG e IgE total) para todos os pacientes. Critérios de exclusão: Ø Outras IDP; Ø Causas secundárias de deficiência de IgA (uso de medicamentos, infecções virais, doenças sistêmicas e malignidades). O diagnóstico foi feito por alergistas e imunologistas do centro de referência em asma. Os dados avaliados foram: • Idade/gênero; • História pessoal e familiar de atopia, autoimunidade e neoplasias; • História familiar de imunodeficiências primárias e consanguinidade entre os pais; • Infecções recorrentes; • Eosinofilia (eosinófilos > 4%) no sangue periférico, IgE total sérica, sensibilização aos ácaros domésticos e exame parasitológico de fezes (EPF). RESULTADOS Foram avaliados quatro pacientes com deficiência seletiva de IgA. A idade média foi de 12 anos (e idade média do diagnóstico: 10 anos), sendo dois do gênero masculino. Todos apresentavam rinite alérgica persistente moderada/grave e asma controlada, com sensibilização alta (> 3,5 KU/L – valor de referência < 0,10 KU/L) para os três ácaros domésticos ( Dermatophagoides pteronyssinus, Dermatophagoides farinae e Blomia tropicalis ), além de história familiar positiva para atopia, IgE total alta, eosinofilia no sangue periférico, com níveis séricos de IgA < 7 mg/dL, IgG e IgM normais e EPF negativo. Nenhum paciente apresentava doenças autoimunes, neoplasias, história de imunodeficiência familiar nem consanguinidade entre os pais. Dois pacientes relataram história de doenças autoimunes (diabetes mellitus e tireoidite de Hashimoto), um de neoplasia na família. Infecções recorrentes foram encontradas em dois pacientes (um paciente apresentou quatro quadros de sinusite e quatro pneumonias com necessidade de internação em um episódio e uma otite média aguda; outro paciente apresentou três quadros de sinusite e duas pneumonias no mesmo ano). Não havia relato de infecção do trato gastrointestinal. Dois pacientes apresentavam quadro de asma grave. No momento, todos estão em uso de corticosteroide nasal (budesonida 50 mcg, 1 jato 12/12h), um paciente em uso de corticosteroide inalatório oral (budesonida 200 mcg, 12/12h) e um paciente usando broncodilatador associado com corticosteroide inalatório oral (formoterol 6 mcg/budesonida 200 mcg, 12/12h), com controle dos sintomas respiratórios e infecciosos. DISCUSSÃO A frequência neste estudo foi igual em ambos os gêneros, mas o autor Weber-Mzell descreveu uma frequência maior no sexo masculino (1:359 × 1:2.264) 3, Existe uma tabela com valores de normalidade das imunoglobulinas (A, G e M) e subclasses de IgG (mg/dL) de população brasileira de acordo com a faixa etária (autoras: Maria Fujimura e Aparecida Nagao Dias), que pode ser consultada no site www.imunopediatria.org.br, É importante lembrar que, muitas vezes, os laboratórios fornecem resultados em valores não correspondentes à tabela, podendo levar a diagnósticos incorretos. De acordo com a literatura, a maioria dos pacientes com deficiência de IgA é assintomática (60%). Em pacientes sintomáticos, as manifestações mais comuns são: infecções sinopulmonares leves (12%), alergia (15-20%), autoimunidade (11%) e associação com diferentes complicações graves (2%) como evolução para imunodeficiência comum variável 4, As doenças alérgicas mais comumente associadas com a deficiência de IgA são rinoconjuntivite alérgica, urticária, dermatite atópica e asma 2, Neste estudo, todos os pacientes apresentavam quadro de alergia respiratória (rinite/asma), sem outras manifestações alérgicas, sendo dois pacientes com asma grave. Os exames laboratoriais dos quatro pacientes evidenciaram: IgE total sérica elevada, eosinofilia periférica e sensibilização aos ácaros domésticos, provavelmente por ser um centro especializado. No estudo de Ayteki e cols., 37,3% dos pacientes apresentaram elevação da IgE total sérica e 70,5% manifestaram doenças alérgicas 2, Na literatura, a manifestação clínica mais comum é a infecção, seguida da alergia e autoimunidade 2,4, Infecções sinopulmonares foram evidenciadas em dois pacientes (50%), sendo a apresentação mais comum de infecções, conforme relatada na literatura 1, Autoimunidade, neoplasias e complicações graves não foram encontradas na amostra estudada. Dois pacientes apresentavam dois sinais de alerta de imunodeficiências (duas ou mais pneumonias no último ano e asma grave). É importante que o pediatra conheça os dez sinais de alerta de imunodeficiências para suspeita diagnóstica. A Fundação Jeffrey Modell (EUA), em 1996, elaborou sinais de alerta que auxiliam o reconhecimento de provável imunodeficiência primária. Estes sinais foram adaptados a nossa realidade, sendo a presença de mais de um sinal indicativo de se investigar IDP. Os 10 sinais de alerta para imunodeficiência primária na criança: 1. Duas ou mais pneumonias no último ano; 2. Quatro ou mais novas otites no último ano; 3. Estomatites de repetição ou monilíase por mais de dois meses; 4. Abcessos de repetição ou ectima; 5. Um episódio de infecção sistêmica grave (meningite, osteoartrite, septicemia); 6. Infecções intestinais de repetição/diarreia crônica/giardíase; 7. Asma grave, doença do colágeno ou doença autoimune; 8. Efeito adverso ao BCG e/ou infecção por micobactéria; 9. Fenótipo clínico sugestivo de síndrome associada a imunodeficiência; 10. História familiar de imunodeficiência. Todos apresentaram EPF negativo e não havia relato de história de infecções do trato gastrointestinal. Os pacientes com deficiência de IgA têm um aumento de infecções gastrointestinais. A associação mais conhecida é a infecção por Giardia lamblia 3,5, Isso ocorre porque a deficiência de IgA diminui a barreira de proteção gastrointestinal, logo protozoários, como a Giardia lamblia, que aderem ao epitélio, proliferam e causam infecção. Esses pacientes também apresentam maior frequência de doenças gastrointestinais por má absorção, intolerância à lactose, hiperplasia nodular linfoide, doença celíaca e doença intestinal inflamatória 2,3, não tendo sido observadas nos pacientes avaliados. Quanto às doenças autoimunes, as mais comuns são: tireoidite autoimune, púrpura trombocitopênica idiopática, anemia hemolítica, artrite idiopática juvenil, lúpus eritematoso sistêmico, doença celíaca e diabetes mellitus, Vários pacientes com deficiência seletiva de IgA apresentam autoanticorpos mesmo na ausência de doença 2,6, Não havia relato de consanguinidade entre os pais e história familiar de imunodeficiências primárias, que podem sugerir anormalidades geneticamente determinadas. Apenas um tinha história familiar positiva para neoplasia e dois para autoimunidade. De acordo com a literatura, há maior frequência de autoimunidade e neoplasia em indivíduos com deficiência de IgA e seus familiares 4,6,7, No momento, os sintomas respiratórios e infecciosos dos pacientes estão controlados com tratamento medicamentoso. O tratamento específico com reposição de IgA não está disponível. O uso de antibiótico profilático pode ser necessário em alguns pacientes com persistência de infecções do trato respiratório. A administração de gamaglobulina endovenosa com baixas concentrações de IgA pode ser recomendada em pacientes com deficiências de subclasses de IgG ou resposta humoral deficiente comprovada 3, Apesar de raras, é importante salientar que, após transfusão de hemoderivados (com altos títulos de anticorpo IgA), podem ocorrer reações graves e até fatais pois uma proporção significativa de pacientes com deficiência de IgA apresentam anticorpos anti-IgA no soro 3, CONCLUSÃO Apesar da evolução da deficiência de IgA ser geralmente benigna e apresentar-se de forma assintomática, os pacientes devem ser acompanhados regularmente pois podem apresentar infecções de repetição e quadros alérgicos graves, conforme observamos nos nossos pacientes. O pediatra deve ficar atendo aos dez sinais de alerta de imunodeficiência primária a fim de suspeitar do diagnóstico e encaminhar para o especialista em alergia e imunologia, em centros de referência. REFERÊNCIAS 1. Abolhassani H, et al. Autoimmunity in patients with seletive IgA deficiency. JACI.2015; 25(2):112-119.2. Ayakin C. Selective IgA deficiency: clinical and laboratory features of 118 children in turkey. J Clin Immunol.2012; 32:961-966.3. Grumach A. Alergia e imunologia na infância e na adolescência.2 ed. Editora Atheneu; 2009.4. Dominguez O. Fenotipos clínicos asociados a la deficiencia selectiva de IgA: revisión de 330 casos y propuesta de um protocolo de seguimento. Barcelona: An Pediatr.2012; 76(5):261-267.5. Yazdani R, et al. Clinical phenotype classification for selective immunoglobulin A deficiency. Expert Rev Immunol.2015; 11(11):1245-1254.6. Singh Karmtej, et al. IgA deficiency and autoimmunity. Autoimmunity Reviews.2014; 13:163-177.7. Jorgensen GH, et al. Health-related quality of life (HRQL) in immunodeficient adults with selective IgA deficiency compared with age- gender-matched controls and identification of risk factores for poor HRQL. Qual Life Res.2014; 23(2):645-658.8. European Society for Immunodeficiency (ESID)/International Union of Immunological Societies (IUIS).1. Médica-Residente em Pediatria no Hospital Central do Exército. Médica-Residente do Segundo Ano em Pediatria no Hospital Central do Exército 2. Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas - Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Título de Especialista em Pediatria pela AMB e Sociedade Brasileira de Pediatria. Título de Especialista em Alergia e Imunologia pela AMB e ASBAI. Médica Alergista e Imunologista do Hospital Municipal Jesus 3. Especialista em Alergia e Imunologia pela AMB e ASBAI. Médico Alergista e Imunologista do Hospital Municipal Jesus Endereço para correspondência: Priscilla Filippo Alvim de Minas Santos Hospital Municipal Jesus Rio de Janeiro, RJ. Brasil. CEP: 20011-901 E-mail: [email protected] Data de Submissão: 27/02/2017 Data de Aprovação: 24/07/2017
O que significa o IgA baixo?
Se a IgA estiver em níveis baixos, pode ser um sinal de que o organismo do paciente não esteja conseguindo produzir o anticorpo em doses suficientes.
Qual o valor do exame de intolerância a glúten?
Teste Completo de Intolerâncias – R$1.198,00 – Labi Exames.
Qual a diferença entre doença celíaca e intolerância ao glúten?
Enquanto a doença celíaca provoca uma reação exagerada do sistema imunológico ao glúten, a intolerância ao glúten não-celíaca é apenas uma sensibilidade à proteína. ‘A doença afeta o intestino delgado, causando um processo inflamatório e alterando a absorção de vários nutrientes.
Quanto é um exame de sangue para ver alergia a glúten?
IgE Específica – Glúten (F79) – R$68,00 – Labi Exames.
Como interpretar exame IgA?
Código: TRANS Sinônimo: Anticorpos da classe IgA anti-transglutaminase Material: Soro Manual Volume: 2,0 mL Método: Fluoroenzimaimunoensaio Volume Lab: 2,0 mL Rotina: Diária Resultado em: Interferentes: Hemólise, lipemia e bilirrubinemia elevados.3 dia(s) Temperatura: Refrigerado Estabilidade da amostra: Ambiente Refrigerado Freezer Hora Hora Hora 0 192 4320 Coleta: Orientações de coleta: 1 – Coletar amostra em tubo gel; 2 – Aguardar 30 min para retração do coagulo; 3 – Realizar a centrifugação em 3.200 RPM por 12 min; 4 – Encaminhar amostra sob refrigeração, de 2ºC a 8ºC. Interpretação: A Doença Celíaca, também chamada de Enteropatia Glúten-sensível ou Espru não tropical, é uma doença crônica, associada a uma hipersensibilidade ao glúten da dieta (trigo, centeio e cevada). Pacientes com sorologia positiva (exceto aqueles com biópsia demonstrando dermatite herpetiforme), devem ser submetidos à biópsia de intestino delgado para conclusão do diagnóstico. Neste caso, observa-se atrofia de vilo intestinal, linfócitos intraepiteliais e hiperplasia de cripta. Mais de 97% dos pacientes com Doença Celíaca possuem o marcador DQ2 e/ou DQ8, comparado com 40% da população normal. Estes marcadores podem, portanto, auxiliar nos casos onde o diagnóstico é incerto devido a resultados sorológicos e anátomo-patológicos inconclusivos. Indicação: Diagnóstico e acompanhamento de Doença Celíaca. Interpretação clínica: O resultado reagente sugere o diagnóstico da Doença Celíaca associada ou não à Dermatite herpetiforme. Resultados falsos negativos podem ocorrer na deficiência de IgA, em menores de 5 anos de idade, ou pacientes com baixa ingesta de glúten da dieta. O exame pode ser útil na monitorização da adesão à dieta. Referência: Negativo : Indeterminado: 7,0 a 10,0 Elia U/mL Positivo : > 10,0 Elia U/mL
O que é IgA no exame de sangue?
A IgA representa 10 a 15 % das imunoglobulinas totais e predomina nos líquidos e secreções, como lágrimas, colostro, leite, secreções traqueobrônquicas, nasais e gastrointestinais. Sua estrutura pode variar, dando origem a duas subclasses: IgA1 e IgA2, a primeira mais encontrada no soro.
O que significa gliadina?
A Gliadina, solúvel em solução alcoólica (etanol 70%), é uma proteína monomérica responsável pela extensibilidade de glúten, ficando dispersa entre a glutenina, desenvolvendo um filme elástico forte envolvendo os grânulos de amido. Possui peso molecular (entre 25000 e 100000 U) por exibir apenas ligações dissulfeto (pontes de sulfeto) intramoleculares, o que resulta no seu baixo poder elástico.
O que é o IgA?
A imunoglobulina A (IgA) é uma classe de anticorpos encontrado na saliva, lágrimas, secreções respiratórias e gástricas, além do leite materno. É o principal anticorpo que fornece proteção contra infecções nas áreas mucosas.